Discord: Polícia Civil prende suspeito de criar grupo com violência sexual

Os integrantes do grupo praticavam violência sexual contra crianças e adolescentes.

Discord é uma ferramenta grátis de conversas via chat, vídeo e voz | Reprodução - Foto: Divulgação
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Na manhã desta terça-feira (04), a Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou a prisão de um suspeito apontado como um dos criadores do principal grupo da plataforma Discord, em que os integrantes praticavam violência sexual contra crianças e adolescentes. Além das ameaças e manipulações com usuários, o grupo compartilhava conteúdo ilegal e discursos de ódio.

O jovem preso é um rapaz de 19 anos que não teve a identidade revelada. Ele foi localizado em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, escondido da polícia na residência de sua avó. De acordo com informações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, na plataforma, o jovem usava o nome de usuário como "King", em inglês, que significa "Rei".

Momento em que jovem é levado preso por autoridades do Rio de Janeiro/Reprodoção:DireitoNews

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Baseado em informações fornecidas pela Polícia Civil do RJ, a primeira fase da operação intitulada de “Dark Room”, deu os primeiros passos no dia 27 de junho, quando as autoridades apreenderam dois adolescentes de 14 e 17 anos, que estavam usando o Discord para praticar violência sexual contra meninas. De acordo com os relatórios da investigação, eles são suspeitos de praticarem estupros e induzirem garotas mais novas a praticarem a automutilação e suicídio na rede social.

Os dois foram apreendidos na capital e no município de Volta Redonda, localizado no RJ. A polícia, durante os mandados de busca e apreensão, também conseguiu apreender os aparelhos eletrônicos utilizados pelos jovens. Nas diligências, foi descoberto que o grupo ao qual os adolescentes apreendidos pertenciam, usava a plataforma Discord com mensagens de texto, voz e chamadas de vídeo.

As ameaças vinham através de mensagens e ligações, onde os mesmos afirmavam que possuíam fotos e informações íntimas sobre as garotas, e que se elas se recusassem a obedecê-los, eles postariam publicamente o material para todos terem acesso. O mais velho dos meninos é considerado um dos líderes do grupo, segundo a polícia.

Os acusados também utilizavam a plataforma para cometerem atos de violência contra animais, além de divulgar material ilegal e explícito, como vídeos de pedofilia, zoofilia e que faziam apologia ao racismo e nazismo. O material obtido pelas autoridades mostra animais sendo mutilados e sacrificados.

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