Dentista preso por estuprar pacientes em consultório é solto no Distrito Federal

O advogado do dentista declarou que, devido ao processo estar sob segredo de Justiça, não fará comentários a respeito

Dentista solto no DF | Reprodução
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Foi solto pela Justiça do Distrito Federal nesta quinta-feira (28), o dentista Gustavo Najjar, de 38 anos, preso no último dia 12 de setembro, suspeito de estupro contra uma influenciadora. Após a soltura, o Ministério Público do DF recorreu da decisão, no entanto, até que o pedido de recurso seja julgado, o dentista permanecerá em liberdade. 

Uma mulher de 33 anos procurou a Polícia Civil e relatou ter sido vítima de violência sexual dentro do consultório de Najjar, localizado em um shopping do Plano Piloto, em Brasília. Najjar foi oficialmente acusado do crime de estupro e teve sua prisão temporária de 30 dias decretada. O advogado do dentista declarou que, devido ao processo estar sob segredo de Justiça, não fará comentários a respeito.

Após a primeira acusação, a defesa do dentista afirmou que não houve os atos ilícitos  cogitados prematuramente pela autoridade policial. De acordo com a investigação, o DNA localizado é do doutor. 

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O relatório do Instituto Médico Legal foi finalizado na semana passada e confirmou que a mulher apresentava lesões corporais condizentes com abuso sexual. Além disso, o exame também identificou a presença de espermatozóides no material biológico coletado da vítima, enquanto outro procedimento detectou a presença de espermatozóides em suas roupas.

Os resultados foram divulgados na sexta-feira passada, dia 22. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o DNA presente nesse material corresponde ao do dentista, cujas amostras foram coletadas no dia de sua prisão.

Conforme a polícia informou, o dentista já não estava mais realizando consultas odontológicas, focando-se apenas em procedimentos estéticos como harmonização facial. Durante a avaliação para esse procedimento, ele solicitava que a mulher se despisse para examinar a cicatrização ou flacidez corporal.

O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL 

"A 5ª Delegacia de Polícia – Área Central informa que foi encerrada a investigação a respeito do caso do dentista. Ele foi indiciado pelo crime de estupro – art. 213, do Código Penal – com pena de seis a dez anos de reclusão.

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva dele, mas foi negada. Dessa forma, o Judiciário determinou a soltura do indiciado, pois a prisão temporária não é mais necessária para a investigação."

A DEFESA DE GUSTAVO NAJJAR

"A defesa de Gustavo Naijar repudia, com veemência, o vazamento parcial de trechos da investigação que corre em segredo de justiça. Não houve os ilícitos cogitados prematuramente pela autoridade policial.

A defesa não vai comentar os detalhes do processo em respeito ao sigilo dos autos.

O que podemos adiantar mais uma vez é que não houve crime e que já existem provas robustas sobre isto, o que torna o vazamento parcial de informações gravíssimo.

A divulgação de informações escolhidas pelos agentes públicos encarregados do inquérito, além de configurar ilícitos graves, busca criar sensacionalismo irracional para antecipar um julgamento sobre os fatos em apuração.

Todas as medidas legais estão sendo tomadas para responsabilizar os agentes públicos que, mesmo advertidos, insistem em transgredir a lei, e que assumem, de forma deliberada, o risco dos resultados de sua conduta irresponsável.

Por fim, a defesa vai postular no Juízo competente que seja então autorizado, dada a divulgação parcial e despropositada de informações direcionadas, e para se garantir a paridade de tratamento, a divulgação das provas existentes em favor do seu cliente - o que não se pode revelar agora sem expressa autorização judicial em razão do sigilo dos autos e da exposição da intimidade de outras pessoas envolvidas na investigação."

(Com informações do G1)

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