Uma criança foi morta e outros cinco ficaram feridos durante um ataque a tiros nesta segunda-feira (3), na comunidade Parima, dentro da Terra Indígena Yanomami. Equipes da Polícia Federal, servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Força Nacional e da Força Nacional de Saúde Pública foram enviadas para a região.
"Os agressores se evadiram e a situação está sob controle. O MPI está presente na região acompanhando a situação", disse o Ministério dos Povos Indígenas.
Segundo a Pasta, quando a equipe chegou, os agressores tinham se evadido do local. As vítimas foram socorridas por servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que atuam em uma base de apoio da região. Ainda não se sabe o que motivou o ataque nem a identificação dos suspeitos.
Ainda de acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, a hipótese é que tenha sido causado por garimpeiros que ainda atuam no território. A Pasta lamentou a morte da criança e informou que as outras vítimas atingidas por tiros de arma de fogo estão recebendo atendimento.
"Um helicóptero militar foi deslocado de Boa Vista para atendimento", afirmou o Ministério dos Povos Indígenas.
No dia 29 de abril de 2023, um indígena Yanomami, de 36 anos, morreu e outros dois, de 24 e 31 anos, foram baleados por garimpeiros ilegais na comunidade Uxiu. Ilson Xirixana ficou ferido na cabeça, foi atendido, porém não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele atuava na região como agente indígena de saúde (AIS).
Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública. O Governo Federal atua para frear a crise com envio de profissionais de saúde, cestas básicas e desintrusão de garimpeiros do território. Frequentemente, as equipes trabalham para interromper a ação criminosa na região.