Corpos encontrados em barco à deriva no Pará serão enterrados nesta quinta

O barco foi descoberto por pescadores paraenses com alguns corpos já em estado avançado de decomposição.

Corpos serão enterrados amanhã | Polícia Federal
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Nove corpos encontrados em um barco à deriva ao largo da costa do Pará serão temporariamente sepultados amanhã, dia 25 de abril, no cemitério São Jorge, localizado no bairro da Marambaia, em Belém. Até o momento, as vítimas permanecem não identificadas.

O que aconteceu: De acordo com a Polícia Federal (PF)os corpos serão enterrados em uma cerimônia laica, organizada pelas diversas instituições que participaram do resgate, incluindo a Marinha, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Científica do Pará, Guarda Municipal de Bragança, Defesa Civil do Estado, Defesa Civil de Bragança, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

"A inumação dos corpos permite que, se for do interesse das famílias, eles possam ser exumados e sepultados em outro local", afirmou a PF em comunicado.

Relembre o caso: O barco foi descoberto por pescadores paraenses com alguns corpos já em estado avançado de decomposição, em um rio na região de Salgado, no nordeste do Pará.

O que dizem as autoridades: As autoridades acreditam que o destino da embarcação seria as Ilhas Canárias, na Espanha, uma rota migratória comum para entrada no continente europeu. A PF sugere que o barco provavelmente partiu da Mauritânia, na África, e acabou sendo levado por correntes marítimas em direção ao Brasil. Estima-se que aproximadamente 25 pessoas estavam a bordo do barco, que era construído artesanalmente e não possuía leme, motor ou sistema de direção.

O que tinha no barco: Dentro do barco foram encontradas 25 capas de chuva e diversos objetos, incluindo 27 telefones celulares, que foram encaminhados para exames periciais no Instituto Nacional de Criminalística.

A polícia informou que está mantendo contato constante com entidades internacionais, por meio da Interpol, enquanto a perícia é realizada no Instituto Nacional de Criminalística (INC) em Brasília.

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