Nesta sexta-feira (23), o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou a detenção preventiva do empresário Christian Kistmann Jacob, de 32 anos, acusado, no ano de 2021, de praticar fraudes financeiras e roubar pertences pessoais de duas namoradas à época. Segundo foi apurado, os relacionamentos ocorriam simultaneamente e eram desconhecidos pelas mulheres.
Segundo informações, a promotora Luciana Barbosa Delgado justificou o pedido alegando que as constantes mudanças de Christian têm dificultado sua localização e há indícios de que ele continua a cometer fraudes. Em 2021, as namoradas de Christian chegaaram a se conhecer e suspeitaram do rapaz. Uma delas, inclusive, com quem namorava há três meses, relatou o desaparecimento de objetos de valor, como joias e relógios. A outra, que estava com o empresário por mais de um ano, explicou que investiu R$ 15 mil em um empreendimento de "dropshipping" proposto pelo acusado nos Estados Unidos, conforte investigação da polícia
A promotora mencionou, no pedido de detenção preventiva, que Christian "muda constantemente de endereço, sem sequer informar ao tribunal" e que, mesmo após o início do processo criminal contra ele, "continuou a praticar golpes", pois tentou usar o talão de cheques de uma das namoradas.
Por sua vez, o advogado das vítimas, André Perecmanis, explicou que as transações mais recentes do acusado não foram bem-sucedidas apenas porque o cheque não foi compensado pelo banco. Elas têm esperado por justiça há dois anos. Comparecem às audiências, chegam a criar expectativas, enquanto o acusado segue com sua vida normalmente, conforme relata o advogado, destacando a indignação de suas clientes.
Sobre o caso
Na acusação feita no ano de 2021, o empresário é acusdo pelo MPRJ por fraude e furto, alegando que ele se beneficiou em pelo menos R$ 100 mil, considerando tanto os crimes contra as mulheres quanto outros amigos, que foram ouvidos em juízo como testemunhas do caso.
Sabe-se que uma das namoradas foi procurar duas delegacias naquele ano para denunciar o caso. Na 16ª DP da Barra da Tijuca, chegou a registrar uma queixa-crime, afirmando que foi informada pelo gerente de um banco que um cheque em seu nome tinha sido depositado na conta de uma amiga do acusado, em uma agência loalizada em Minas Gerais. Na 13ª DP de Ipanema, ela relatou ter investido R$ 15 mil nos negócios do empresário e chegou a emprestar US$ 10 mil para que ele pudesse obter um visto permanente para ficar nos Estados Unidos.
Conforme a acusação da promotora Valéria Videira Costa, do VII Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Barra da Tijuca, os crimes atribuídos ao acusado chegaram a ser cometidos "devido à confiança estabelecida com as vítimas prejudicadas, devido ao convívio diário e relacionamento amoroso com ambas". Na acusação aceita pela Justiça, ela menciona que Christian subtraiu objetos e bens de grande valor de ambas.