Após envolvimento em conversas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sobre um suposto plano de golpe de Estado, o coronel Jean Lawand Junior teve sua nomeação para um posto diplomático nos Estados Unidos suspensa pelo comandante do Exército, Tomás Paiva.
Durante uma reunião entre o comandante-geral do Exército, o presidente Lula e o ministro da Defesa, José Múcio, foi tomada a decisão de suspender a nomeação do coronel Lawand Junior para um posto diplomático nos Estados Unidos.
Após análise do celular de Mauro Cid pela Polícia Federal, foram encontradas várias mensagens trocadas entre ele e o coronel Lawand Junior, que discutiam a possibilidade de um golpe ser decretado no país.
Em algumas das mensagens encontradas, o coronel Lawand Junior expressa a Mauro Cid que Bolsonaro "não pode recuar agora" e que é necessário que ele "dê a ordem" para que as Forças Armadas executem uma estratégia visando evitar a posse de Lula como Presidente da República.
Após a divulgação das mensagens, o comandante Tomás Paiva e o ministro José Múcio realizaram uma reunião na qual avaliaram que o coronel Jean Lawand não possuía mais condições para assumir o cargo de assessor do adido militar em Washington, na representação diplomática do Brasil nos Estados Unidos.
Atualmente, o coronel Lawand exerce a função de gerente de projetos na Secretaria de Projetos Estratégicos do Exército, porém aguardava a oficialização de sua nomeação para o posto em Washington, que foi revogada após as revelações das mensagens. Além disso, o coronel enfrentará um inquérito interno no Exército em decorrência desses acontecimentos.