Amigos e parentes do arquiteto, Jefferson Dias Aguiar, de 43 anos, se despediram do homem que foi brutalmente assassinado na tarde da última terça-feira (1º), ao ver uma mulher sendo assaltada numa rua do Butantã, zona oeste de São Paulo. A despedida foi marcada pelo sentimento de justiça e revolta. A polícia já identificou os criminosos que participaram da ação.
Durante a cerimônia, Jucier Aguiar, tio da vítima, concedeu entrevista para os jornalistas e informou que quando Jefferson tinha sete anos, perdeu o pai da mesma forma.
“O que mais choca a gente, é que o pai dele faleceu desse mesmo jeito, a tiros e do nada. O que ele fez foi por indignação. Isso era muito dele. Ele não gostava de injustiça, achava muito injusto e infelizmente pagou com a vida”, comentou o tio.
Além disso, o tio comentou que Jefferson era o mais velho de três filhos e foi criado no bairro Jardim São Luís, na zona Sul de São Paulo, onde vendia pães de bicicleta para ajudar a família e apagar os estudos.
A vítima se casou com uma professora, há cerca de um ano. Tinha o sonho de ser pai e se mudou do Morumbi com a esposa para o Jardim Paraíso três semanas atrás, pois o imóvel era maior e ficava mais próximo do trabalho da esposa. Parentes informaram que a companheira está sob efeitos de remédios e extremamente abalada.
Cartazes de luto foram colocados no escritório no Jardim São Luís. Jefferson tinha diversas paixões, entre elas, a arquitetura e viagens. Nas redes, a vítima publicou fotos na Tailândia, Chile e algumas cidades do Brasil.
RELEMBRE O CASO
Segundo o Boletim de Ocorrência, um amigo de Jefferson que estava com ele no carro cinza, disse que a vítima trafegava pela Rua Lemes Monteiro, quando presenciaram um bandido em uma moto assaltando uma mulher. Ele informou que o bandido percebeu que eles haviam presenciado o assalto e que começou a perseguir o veículo por alguns metros, foi nesse momento, na rua Desembargador Armando Fairbanks, que o assaltante teria jogado a moto na frente do carro e que Jefferson acabou atropelando o bandido, que levou e disparou três vezes. O arquiteto chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu e morreu.
A mulher vítima do assalto se apresentou à equipe policial no momento da ocorrência, segundo a vítima, o bandido em uma moto armado deu a ordem para que ela lhe entregasse seu aparelho de telefone celular desbloqueado, bem como sua aliança, o que foi atendido pela vítima. A moto usada no crime, consta produto de furto, ocorrida no dia 18 de fevereiro.