Após quatro meses do assassinato do empresário Adalberto Amarílio Júnior, a Polícia Civil de São Paulo está usando um Software de Israel, avaliado em R$ 11 milhões, para extrair dados de ao menos 15 celulares e de três computadores que podem ajudar a esclarecer como foi o crime. A vítima foi encontrada seminua dentro de um buraco no autódromo da cidade.
O Cellebrite pode recuperar conversas apagadas de WhatsApp, fotos, áudios, vídeos, histórico de pesquisa na internet e apontar a geolocalização de quem usou o celular, além de informar quando isso ocorreu. Os aparelhos que estão sendo analisados foram apreendidos com a própria vítima, um amigo dela, sete seguranças e dois produtores do evento em Interlagos, para onde Adalberto foi antes de desaparecer e morrer.
INVESTIGAÇÃO
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) continua trabalhando para identificar o autor do crime. A hipótese mais provável é a de que Adalberto possa ter discutido com algum segurança ao atravessar alguma área restrita no kartódromo. E depois ter brigado e sido morto por ele.
Não está descartada a participação de mais pessoas no homicídio, inclusive de frequentadores do evento, já que milhares de visitantes foram ao festival. O laudo pericial da Polícia Técnico-Científica concluiu que o empresário teve morte violenta por asfixia.
CELLEBRITE
O Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) tem 11 máquinas do programa israelense Cellebrite para conseguir informações.
A polícia busca nos telefones eventuais diálogos antes, durante e depois do crime. O local onde essas pessoas estavam no autódromo. E se alguma pessoa comentou o nome de algum suspeito ou eventualmente falou ou escreveu algo sobre o caso.