
O caminhoneiro Cláudio Bernardo da Silva foi assassinado e enterrado em uma praia de Vila Velha (ES) pelos próprios enteados, por causa de uma briga por dinheiro. A Polícia Civil concluiu o inquérito nesta quinta-feira (10). Os acusados são Pablo dos Santos Malaquias e Tiago dos Santos Malaquias.
Pablo foi preso no dia do desaparecimento usando o carro do padrasto. O homem já era foragido e cumpria regime semiaberto por roubo. Tiago segue foragido.
CRIME
O caminhoneiro foi morto na casa dele em Praia Grande, no dia 3 de março, onde passava o carnaval com a família e a esposa. A vítima tentava defender a mulher dos pedidos insistentes de dinheiro dos filhos para comprar drogas e já tinha expulsado os dois de casa.
Todo o crime de latrocínio é motivado principalmente pelo lucro, pela questão patrimonial. Mas nesse caso, além da questão patrimonial, de subtrair o carro e pertences da vítima, os dois tinham um desentendimento com a vítima. Os dois tratavam mal a mãe, procuravam sempre ter dinheiro dela numa espécie de extorsão. Eles forçavam a barra para que a mãe pagasse o vício deles, porque os dois são usuários de drogas. Então, o Cláudio entrava na discussão para defender sua esposa, não deixar que os filhos dela importunassem daquela forma, explicou o delegado Leandro Sperandio ao g1.
Segundo a polícia, Tiago acreditava que a mãe e Cláudio tinham roubado parte da herança dele, após o pai morrer. Mas as investigações apontaram que o dinheiro já tinha sido dividido em partes iguais e o suspeito tinha gastado tudo em drogas.
Após matarem o caminhoneiro, os suspeitos colocaram o corpo de Cláudio no porta-malas do carro, levaram até uma região entre a Praia dos Recifes e a Barra do Jucu e o enterraram em uma cova profunda.