Brasileira é presa após jogar corpo de filha recém-nascida no lixo; polícia investiga

Câmeras de segurança de um bazar em frente ao contêiner de lixo registraram a mulher com uma sacola grande. O caso ocorreu em Buenos Aires, na Argentina

Justiça investiga se criança estava viva quando foi jogada  | Reprodução Justiça investiga se criança estava viva quando foi jogada | Foto: Reprodução
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Uma brasileira de 36 anos, identificada apenas com as iniciais T.A.D.A foi detida, após ter jogado uma bebê recém-nascida no lixo de um bairro de classe média e alta de Belgrano, em Buenos Aires, na última terça-feira (18). A Justiça investiga se a criança estava viva quando foi descartada pela própria mãe.

Imagens da câmera de segurança de um bazar em frente ao contêiner de lixo, gravadas às 10h01 de terça pelo horário local, mostram uma mulher passando, carregando uma sacola grande no ombro. Em seguida, ela para e joga o pacote na lixeira. Logo depois, um catador de lixo, acreditando ser uma sacola com roupas, encontrou a bebê. Impactado, começou a gritar, pedindo ajuda.

Um rapaz gritou e avisou-nos. Ele gritava 'tem um bebê dentro'. Eu não acreditei. Mexi na bolsa e vi que era um bebê. Não tinha sinais de vida. Não se mexia. Estava envolvida numa manta e numa bolsa branca. Eu vi o rostinho, a mãozinha, a orelhinha. Era muito pequenininha, pálida. O rapaz começou a avisar a todo mundo.

POLÍCIA ACIONADA

A polícia, após acionada, chegou ao local com atendimento médico que ainda tentou, em vão, reanimar a bebê. Constataram que a criança tinha cerca de três dias de nascida, apresentava sinais na pele pálida e hipotermia, indícios de que pode ter falecido antes de ter sido descoberta. No corpo da bebê também havia restos do cordão umbilical e da placenta. Não foram encontrados sinais de violência física que pudessem indicar homicídio.

"Vieram duas motos da polícia e uma patrulha médica. Constataram que a bebê estava morta. Calculamos que tinha sido três ou quatro horas antes", disse o diretor do Sistema de Atendimento de Emergências Médicas (SAME), Alberto Crescenti, acrescentando que "não havia sinais de crime".

MULHER FOI IDENTIFICADA

A mulher tem antecedentes psiquiátricos pelos quais já foi internada. Conhecida no bairro, ela seria usuária de crack.

Após a ordem da justiça de busca e apreensão no apartamento da brasileira, a polícia encontrou a mulher com outro bebê. A recém-nascida foi levada às pressas à área de neonatal do Hospital Pirovano, enquanto a mãe, também internada, permanece sob custódia policial.

CONFESSOU TER JOGADO NO LIXO

A brasileira admitiu ter jogado a própria filha no lixo. Ela contou que tinha dado à luz a gêmeas no banheiro de casa, mas sem assistência médica. Depois do parto improvisado, uma das bebês faleceu, levando a mãe a descartar o corpo num contêiner de lixo.

A justiça argentina ordenou a coleta de amostras de DNA para comprovar o parentesco. O principal objetivo é determinar se a bebê estava realmente morta ou se ainda estava viva quando foi jogada no lixo.

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