A audiência de Thor Batista, que atropelou e matou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, foi interrompida por duas horas a pedido da defesa do filho do empresário Eike Batista. De acordo com a assessoria da juíza do caso, os advogados de Thor alegaram que o perito criminal do Instituto de Criminalistica Carlos Eboli (ICCE) Hélio Martins Junior apresentou "uma prova inesperada". A audiência na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, está prevista para ser retomada às 16h30 desta quinta-feira (13).
O perito saiu da sala de audiência por volta das 14h05 e disse que foi apenas ouvido sobre a questão da velocidade em que Thor dirigia no momento do acidente. "O meu trabalho mostrou que o motorista (Thor) estava a 135 km/h", disse o perito aos jornalistas.
A velocidade máxima permitida na Rodovia Washington Luiz é de 110 km/h.
Logo em seguida, Thor saiu acompanhado da mãe, a empresária Luma de Oliveira, e seguranças, em direção a uma sala reservada para evitar tumulto. Além de ouvir Thor Batista e o perito Hélio Martins, a juíza também interrogará a testemunha de defesa Mauro Ricart Ramos.
Thor chegou à 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias às 12h15 desta quinta, acompanhado da mãe, para participar da audiência do processo a que responde por ter atropelado e matado o ciclista Wanderson Pereira dos Santos em março de 2012.
O filho do empresário perdeu o direito de dirigir depois que atropelou e matou o ciclista na BR-040. Ele foi denunciado à Justiça por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O advogado de Thor pode tentar novamente reaver a carteira de habilitação de seu cliente durante a sessão desta quinta-feira.
Entre 2010 e 2011, Thor cometeu 11 infrações de trânsito, sendo nove delas por excesso de velocidade. Segundo os advogados dele, no início de outubro de 2012 Thor havia conseguido o direito de dirigir depois que a defesa entrou com um mandado de segurança para dar efeito suspensivo à liminar. Mas, no dia 25 de outubro, o estudante voltou a ficar proibido de dirigir depois que a Justiça negou a liberação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O estudante teve o direito de dirigir suspenso a pedido do Ministério Público. Um exame pericial concluiu que o carro de Thor estava a 135 km/h. Os advogados do jovem, Marcio Thomas Bastos e Celso Vilardi, afirmaram que a acusação é um equívoco e que comprovarão a inocência do jovem.
Primeira audiência
No dia 12 de setembro, ocorreu a primeira audiência do caso. Na ocasião, testemunhas de acusação e defesa deram depoimentos contraditórios em relação à velocidade em que o estudante Thor dirigia no momento do acidente.