Uma discussão na véspera do ano novo no litoral do Rio Grande do Norte deixou um adolescente de 15 anos morto. O menino foi atingido com uma facada ao defender o pai durante uma briga na Praia de Zumbi. O crime aconteceu no domingo (31) e a Polícia Civil deu início às investigações nesta terça-feira (2).
O adolescente, identificado como João Vitor Brito Linhares, estava na praia para passar o Réveillon com a família, que tem uma casa na região. Segundo familiares, a vítima viu o pai tomar um soco durante um desentendimento e foi tentar ajudá-lo. Foi neste momento que um homem desferiu a facada no peito do menino. O suspeito do crime fugiu logo em seguida.
A briga teria começado por conta de uma discussão entre crianças na beira de uma lagoa, segundo contou a família da vítima. Uma prima e uma irmã da vítima brincavam com uma bola quando um menino, que elas não conheciam, pediu para participar. Elas negaram e o menino reagiu com xingamentos.
Logo após, familiares das meninas - entre eles o pai de João Victor - foram pedir para o menino ter mais respeito e perguntaram sobre o pai dele, que estava dentro da lagoa. "De repente saiu um homem bem agressivo de dentro da lagoa. O pai do João Victor falou que não tinha necessidade disso, para resolver isso na paz, que são crianças, que se entendem. Disse para deixar isso para lá", contou uma familiar de João Victor, que preferiu não ter a identidade revelada.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado na segunda-feira (1º) e que os policiais colheram informações de que o adolescente "foi morto após um desentendimento entre duas famílias, quando foi atingido de faca por um homem".
A nota cita também que "antes de fugir, o suspeito ainda tentou assassinar o pai da vítima". A família levou João Victor às pressas para o Hospital Municipal de Rio do Fogo, mas ele morreu pouco após dar entrada na unidade.
"Os familiares serão ouvidos e testemunhas oculares do crime também para que o inquérito seja concluído o mais rápido possível e posteriormente, seja enviado ao Poder Judiciário", disse o delegado de Touros, Jaime Groff.