A Polícia Civil de São Paulo registrou o acidente de helicóptero que matou quatro pessoas como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O piloto, Cassiano Tete Teodoro, 44, é designado como "autor" no boletim de ocorrência, conforme informações divulgadas pelo site Metrópoles. Ele conduzia a aeronave que transportava três pessoas do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista, para Ilhabela, no litoral, em uma viagem de ida e volta.
A determinação de possíveis responsabilidades pelo acidente só será possível após a conclusão da investigação. A causa da queda da aeronave ainda é desconhecida, e a Polícia Científica, em colaboração com a Força Aérea Brasileira (FAB), está conduzindo as apurações para esclarecer os acontecimentos.
A polícia aguarda os resultados dos laudos para esclarecer os fatos. "Foi realizada a perícia no local e os exames necroscópicos nas vítimas, cujos corpos foram liberados aos familiares. O caso foi registrado como homicídio culposo na Delegacia de Paraibuna", informa uma nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública.
Além do piloto, estavam a bordo Luciana Rodzewics, 46 anos, sua filha, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20 anos, e Raphael Torres, 41 anos, amigo da família, que convidou as passageiras para o passeio, segundo Silvia Santos, irmã de Luciana.
O piloto possuía um "histórico de irregularidades". Teodoro estava sem licença para operar táxi aéreo — não se sabe se estava prestando esse serviço no voo. Ele possuía apenas a habilitação pessoal para voar. A licença foi cassada em setembro de 2021, após evadir-se de uma fiscalização, mas foi restabelecida em outubro de 2023, após a conclusão de cursos. A defesa alega que houve uma punição indevida.
Segundo dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), 80% dos acidentes de helicóptero nos últimos 11 anos tiveram o fator humano como preponderante. Este fator abrange tanto o desempenho técnico humano quanto aspectos psicológicos, totalizando 78,7% das causas de acidentes de 2013 a 2023.