17 anos depois: o que aconteceu e como estão os envolvidos no caso Eloá Pimentel
- Everaldo Santos, pai de Eloá
17 anos se passaram. As cicatrizes do caso permanecem, não só para as famílias envolvidas, mas também para uma geração que jamais esqueceu o nome de Eloá Pimentel.
- Everaldo Santos, pai de Eloá
Durante o sequestro da filha, Everaldo Pereira dos Santos apareceu na televisão recebendo atendimento médico. A cena, que comoveu o país, acabou revelando um segredo: ele era um foragido da Justiça de Alagoas, acusado de integrar um grupo de extermínio formado por policiais na década de 1990.
Conhecido como “Gangue Fardada”, o grupo era investigado por diversos assassinatos. Everaldo havia sido condenado, à revelia, a 33 anos de prisão pelo homicídio de um delegado e seu motorista, em 1991. Depois de fugir, ele mudou o nome para Aldo José da Silva e começou uma nova vida em São Paulo.
Foram 15 anos escondido, até que o destino o expôs em rede nacional. O sinal no rosto foi o que permitiu aos investigadores reconhecê-lo. A partir daí, sua verdadeira identidade foi confirmada.
Everaldo foi preso em dezembro de 2009, em Maceió. Cumpriu pena até 2014 e conseguiu progressão ao semiaberto. Desde então, vive discretamente em São Paulo, longe da imprensa.
Segundo o advogado Thiago Pinheiro, o pai de Eloá evita falar sobre o passado e, principalmente, sobre a filha. “Ele prefere o silêncio e a reclusão. É um luto que se carrega calado”, resume o defensor.