O Sargento Avelar Reis Mota, da Polícia Militar do Piauí, foi denunciado pelo Ministério Público por invadir uma residência utilizando uma chave falsa, de onde subtraiu um perfume da marca "Malbec". O caso ocorreu em fevereiro de 2023, no bairro Areias, na zona Sul de Teresina (PI). Na época, outros PMs retornaram e atiraram contra uma câmera de segurança que flagrou o crime. Recentemente, Mota foi alvo da Operação Jogo Sujo II.
COMO ACONTECEU?
No dia 15 de fevereiro do ano passado, o Sargento Mota e o policial militar Wellington da Silva estavam em ronda com uma viatura pelo bairro Promorar, quando decidiram ir até a residência de Juliana dos Santos Souza. Uma câmera de segurança do local registrou a chegada dos PMs e o momento em que Mota invadiu e subtraiu o perfume.
A moradora denunciou ainda que no dia 28 de julho, outro policial retornou à sua residência, sacou uma arma de fogo e atirou contra a câmera de segurança. Na ocasião, era outra viatura e a ação também foi registrada. O MP enfatizou ainda que o Sargento Mota cometeu o crime de furto qualificado.
“Pelo exposto, requeiro que, recebida e autuada a denúncia em face do 3º SGT PM AVELAR REIS MOTA, pela prática do crime de furto qualificado (art. 240, §6º, III, do CPM), seja instaurado o devido processo penal, observando-se o rito estabelecido nos artigos 384 a 450 do Código de Processo Penal Militar, citando-se e interrogando-se o denunciado, ouvindo-se a vítima e as testemunhas abaixo arroladas e prosseguindo-se até final sentença condenatória”, consta nos autos.
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E OS OUTROS ENVOLVIDOS?
Conforme consta nos autos, “a participação do CB-PM Wellington da Silva, a priori, no entendimento deste órgão ministerial, não configura conduta criminosa, haja vista que não ficou demonstrada a unidade de desígnios para a prática do crime, tendo o militar, enquanto motorista da guarnição, dirigido até a localidade por ordem do seu comandante imediato”.
O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ?
O MeioNews procurou a assessoria da PM-PI que, em nota, afirmou que “não chegou nenhuma comunicação oficial na PM sobre o caso. O comando geral da PM vai através da corregedoria solicitar informações para posteriormente adotar as providências pertinentes de acordo com o caso”.