Um vídeos divulgado nas redes sociais mostra Wanderson Silva, um dos principais alvos da operação contra rachas, deflagrada em Teresina nesta quinta-feira (27), dirigindo em alta velocidade pela Avenida Raul Lopes, na zona Leste da capital. Nas imagens, ele aparece conduzindo um sedã esportivo com escapamento adaptado, que emite um som de motor mais grave.
“Jetta do Wanderson”
Outros registros exibem também o investigado circulando em alta velocidade por ruas, pontes e outros trechos urbanos. Wanderson Silva, natural de Timon (MA), é conhecido nas redes sociais como “Jetta do Wanderson”. Com cerca de 30 mil seguidores no Instagram, ele costumava publicar vídeos de acelerações, disputas e supostos rachas na BR-343.
Além de Wanderson, a operação também investiga um dentista e um empresário, que ainda não tiveram os nomes divulgados. Segundo a polícia, as postagens feitas pelo influenciador foram fundamentais para identificar os veículos e avançar nas investigações.
“É mais uma ação da Secretaria de Segurança com o objetivo de salvar vidas, coibir rachas e coibir manobras perigosas. Esse tipo de atitude acaba tirando vidas, não só das pessoas que praticam esse ato, mas também de terceiros que nada têm a ver com essa situação”, afirmou o diretor de Operações de Trânsito, Fernando Aragão.
Segundo Aragão, a operação busca cumprir 25 mandados de busca e apreensão nas zonas Leste e Norte da capital. Até a última atualização desta reportagem, 11 carros haviam sido apreendidos. Os automóveis têm valores estimados entre R$ 555 mil e R$ 1,7 milhão.
Entre os veículos apreendidos estão:
• Porsches
• Chevrolet Camaro
• Esportivos variados
• Caminhonetes de alto padrão
A apuração aponta que os investigados costumavam se reunir em Teresina e realizar as corridas nas estradas que dão acesso aos municípios de Altos e Campo Maior.
O que é racha?
Racha, também conhecido como pega, é uma corrida ilegal realizada em vias públicas. Além de ser infração gravíssima, coloca em risco a vida dos participantes e de terceiros, podendo resultar em acidentes graves ou fatais.
Investigação durou 8 meses
A polícia monitora há cerca de oito meses a rotina dos veículos utilizados em corridas clandestinas.