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Veneno à mesa: nova onda de crimes silenciosos no Brasil é alvo do Morbidus Podcast

Esse cenário perturbador é o tema do 4º episódio do Morbidus Podcast, que vai ao ar nesta sexta-feira (18), na Rede Meio.

Mergulhe em análises aprofundadas de crimes, perfis psicológicos de assassinos e vítimas, no Morbidus Podcast | Foto: Jessica Machado/Portal Meio News
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Uma onda silenciosa e letal tem chocado o Brasil: nos últimos meses, o país registrou uma sequência de envenenamentos dentro de lares aparentemente comuns. Em junho, uma pesquisa divulgou que especialistas estão alarmados com o uso de substâncias que não eram relatadas há tempos, como o arsênio. Esse cenário perturbador é o tema do 4º episódio do Morbidus Podcast, que vai ao ar nesta sexta-feira (18), na Rede Meio.

Morbidus Podcast, na Rede Meio | FOTO: Saymon Lima

BOLO DE MANDIOCA EM SÃO PAULO

No dia 11 de julho de 2025, Lucas da Silva Santos, 19 anos, foi envenenado após comer um bolo de mandioca em casa, em São Paulo. O padrasto, Ademilson Ferreira dos Santos, foi preso suspeito de colocar a substância no alimento. Lucas está internado em estado grave, e a polícia trata o caso como crime passional.

BOLO RECHEADO NO RIO GRANDE DO SUL

Em 23 de dezembro de 2024, seis pessoas da mesma família passaram mal após comer um bolo durante um café da tarde em Torres (RS). Três mulheres morreram horas depois, e três pessoas — incluindo uma criança de 10 anos — ficaram internadas. Exames identificaram altas concentrações de arsênio na farinha usada no bolo.

Deise dos Anjos | FOTO: Reprodução

A principal suspeita é Deise Moura dos Anjos, nora da matriarca. Segundo a investigação, ela queria matar a sogra e outros parentes por conta de uma briga familiar de mais de 20 anos, envolvendo disputas financeiras e mágoas antigas. Deise foi presa em 5 de janeiro de 2025 e encontrada morta em 13 de fevereiro.

BAIÃO DE DOIS NO PIAUÍ

Em agosto de 2024, os irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel morreram envenenados em Parnaíba. A vizinha chegou a ser presa por suspeita de ter dado cajus contaminados às crianças, mas foi solta após uma reviravolta (veja abaixo).

Em 1º de janeiro de 2025, nove familiares das crianças comeram baião de dois e passaram mal logo após a refeição. Exames confirmaram a presença de terbufós — um pesticida altamente tóxico — no arroz. Quatro pessoas morreram, incluindo a mãe de Ulisses e João Miguel.

Acusados de envenenamento em Parnaíba | FOTO: Reprodução

Outros cinco familiares sobreviveram com sintomas graves. A polícia descobriu que o envenenamento foi planejado pelo casal Maria dos Aflitos e Francisco de Assis Pereira da Costa (matriarca e seu esposo, que era avodrasto das vítimas).

Francisco teria demonstrado ódio pelas vítimas e foi preso. Dias depois, quando tudo parecia normal, a polícia descobriu a participação de Maria dos Aflitos no crime. Para não ser presa, tentou incriminar uma amiga, matando-a, simulando um suicidio. 

Ao todo, oito pessoas foram assassinadas. Em 25 de março de 2025, o casal foi denunciado e virou réu na Justiça.

CARAMBOLAS SUPOSTAMENTE ENVENENADAS

No dia 6 de julho de 2025, duas crianças - de quatro e outra de seis anos - foram internadas após comerem carambolas, supostamente envenenadas, de um terreno no bairro Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina (PI).

O material foi recolhido e será analisado para identificar a possível presença de substâncias tóxicas. O inquérito foi instaurado e está sob responsabilidade do 22º Distrito Policial. Segundo moradores, o terreno estaria contaminado por veneno supostamente usado pelos proprietários do local, que não moram na área.

O QUE SE SABE?

Parte dos autores dos crimes registrados relataram terem obtido os tóxicos pela internet. A proibição de alguns deles é decretada por algumas cidades e estados, mas não há uma política nacional unificada. 

MORBIDUS PODCAST

Mergulhe em análises aprofundadas de crimes, perfis psicológicos de assassinos e vítimas, e mutios outros detalhes que intrigam o Brasil, no Morbidus Podcast, com episódios quinzenais. 

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