Após ter a prisão preventiva decretada na última quinta-feira (09), Maria do Perpétuo Socorro Pereira, de 35 anos, foi indiciada por feminicídio e fraude processual, após evidências apontarem que ela teria forjado o suposto suicídio de sua ex-companheira Kárita Joara de Lima, 35 anos.
O crime ocorreu no dia 26 de setembro de 2024, na residência do casal, localizada no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina.
PROVAS DA INVESTIGAÇÃO
De acordo com a delegada Nathália Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o inquérito com as provas colhidas foi relatado e remetido à justiça nesta quinta-feira (16).
“Tendo em vista que as duas tinham relação íntima de afeto, foi comprovado através do laudo que a morte da Kárita foi mediativa de estrangulamento, além de provas colhidas na análise de local de crime, e testemunhas que foram ouvidos”, relatou.
Segundo a delegada, a fraude processual se deu pela tentativa da suspeita de simular um suicídio. “Não houve suicídio, mas sim uma morte por estrangulamento. Mas, ainda estamos no aguardo do laudo toxicológico”.
PRAZO DO INQUÉRITO
A delegada informou que, devido ao prazo processual de dez dias após a prisão preventiva de Maria do Perpétuo, não foi possível aguardar a conclusão do laudo toxicológico. O documento será remetido ao Poder Judiciário assim que estiver concluído.
“Assim que recebermos os resultados, remeteremos à justiça para análise do Ministério Público, e poderá ou não incluir alguma qualificadora tendo em vista a questão do laudo do toxicológico”, afirma.