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Sol Pessoa passa por audiência de custódia nesta quarta-feira (15)

Ex-chefe de Gabinete do ex-prefeito Dr Pessoa foi presa temporariamente na manhã de terça-feira (14) durante a Operação Gabinete de Ouro, conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR)

Suelene da Cruz Pessoa foi presa na Operação Gabinete de Ouro | Foto: Reprodução
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A Suelene da Cruz Pessoa, ex-chefe de gabinete do ex-prefeito de Teresina Dr. Pessoa, passa por audiência de custódia nesta quarta-feira (15), em Teresina. Ela foi presa temporariamente na manhã de terça-feira (14) durante a Operação Gabinete de Ouro, conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR) da Polícia Civil do Piauí.

O QUE PODE ACONTECER

Na audiência, o Poder Judiciário deve decidir se Suelene permanecerá presa ou responderá ao processo em liberdade, conforme a análise dos autos e dos fundamentos apresentados pela defesa e pela acusação.

Sol é investigada por suposta participação em um esquema de corrupção dentro da Prefeitura de Teresina durante a gestão de Dr. Pessoa, entre 2021 e 2024. Segundo a polícia, ela é suspeita de atuar em conjunto com ex-servidores e empresas terceirizadas, movimentando recursos de origem ilícita.

A operação, deflagrada nesta semana, cumpriu 14 mandados judiciais nas cidades de Teresina (PI) e Timon (MA), incluindo buscas, apreensões e prisões temporárias. Além de Suelene, foram presos dois homens identificados como Mauro e Rafael, e houve cumprimento de mandado na casa de um advogado, cujo nome não foi divulgado.

A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 75 milhões, suspeitos de terem sido adquiridos com dinheiro público desviado.

De acordo com o delegado Dennis Sampaio, coordenador do DECCOR, a investigação teve início após denúncias anônimas sobre irregularidades dentro da administração municipal.

“Conseguimos identificar condutas que envolvem servidores e ex-gestores ligados à antiga gestão. A audiência de custódia faz parte do trâmite judicial, e a investigação segue em andamento”, explicou o delegado.

A Operação Gabinete de Ouro apura a existência de um grupo paralelo dentro da estrutura da Prefeitura de Teresina, que centralizava decisões e repasses ilegais de recursos. O inquérito aponta que servidores comissionados e terceirizados seriam usados como operadores financeiros, movimentando valores desviados por meio de empresas contratadas pelo município.

A Polícia Civil deve encaminhar ao Ministério Público o resultado das primeiras diligências ainda nesta semana, enquanto a Justiça analisa o pedido de prorrogação da prisão temporária dos demais alvos.

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