
A prática do grau — levantar o pneu dianteiro da motocicleta — tem sido alvo de operações no Piauí. A ação não é considerada um esporte e tem provocado inúmeros acidentes, até fatais. De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado, Fabrício Loiola, as operações de combate à manobra também têm revelado o envolvimento de diversos praticantes em atividades criminosas.
A gente não pode chamar de esporte algo que põe em risco a vida das pessoas. Você não tem o direito de ocupar um leito de hospital e tomar a vez de alguém que se acidentou sem querer, se acidentou em casa, de uma pessoa que estava doente. Você não tem o direito de demonstrar uma habilidade desnecessária, demonstrar uma irresponsabilidade, você não tem o direito de ocupar o leito de um hospital, que não são muitos, disse o superintendente Fabrício Loiola em entrevista ao Jornal da Tarde nesta terça-feira (15).
ROLEZINHO
Frequentemente, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, por meio da Superintendência de Operações Integradas (SOI) e demais departamentos policiais, incluindo a PRF, deflagra a “Operação Rolezinho” com o objetivo reprimir crimes ligados à direção perigosa, frequentemente praticados em eventos clandestinos.
O superintendente Fabrício Loiola acrescentou que, a maioria dos alvos da operação, possuem envolvimento com o submundo do crime. O policial rodoviário federal defende que os praticantes sejam punidos.
O grau praticado em via pública não tem justificativa [...] a pessoa que está praticando o grau para mostrar habilidade, para ser aceito no grupo, ela precisa ser punida, e muitas vezes precisa de ajuda psicológica e psiquiátrica, disse o superintendente, acrescentando que a PRF tem realizado ações educativas de trânsito nas escolas do Piauí.