O diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), delegado Anchieta Nery, anunciou nesta quinta-feira (20), em entrevista para o Programa Bom dia Meio Norte, que policiais que estavam de folga foram convocados para reforçar o policiamento em escolas públicas e particulares de Teresina. O anúncio vem após suspostas ameaças de ataques violentos em instituições de ensino na data de hoje.
Estão sendo realizadas rondas, abordagens, ações operacionais e blitzen nas proximidades de creches e escolas, além de uma integração com a comunidade.
"A movimentação da polícia é justamente para tirar a preocupação dos pais e de toda a comunidade escolar. A gente sabe que segurança é sentimento e sensação, não é verdade? Para devolver essa segurança para os pais, e professores, por decisão do Secretário de Segurança Chico Lucas e do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Scheiwann Lopes, na data de hoje não existe um policial de folga no Piauí, todos estão à disposição da comunidade escolar e as bases de inteligência estão reforçadas. Aconteceram mensagens falsas nas redes sociais e inscrições em paredes de algumas escolas fazendo menção à data de hoje é possíveis ataques", falou.
O delegado ressaltou que as secretarias de segurança dos 26 estados e o Distrito Federal estão atuando em conjunto para monitorar os casos de ameaças de violência envolvendo a comunidade escolar. No Piauí, segundo Anchieta Nery, não há eventos críticos pendentes. "A imensa maioria das ameaças que investigamos eram trotes, mensagens falsas, parte pŕoduzidas por adolescentes", comunicou.
A Secretaria de Segurança Pública disponibilizou o WhatsApp (86) 99492-3705 para a comunidade denunciar ameaças de ataques contra escolas no Piauí. Os denunciantes, que não precisam se identificar, podem enviar mensagens de texto, áudios, fotos, arquivos multimídia, links ou URLs.
Na quarta-feira (19), o presidente Lula (PT) respondeu às ameaças de ataques que circulam nas redes sociais. O líder do poder executivo defendeu que as escolas devem permanecer abertas e que os brasileiros não devem "satisfazer os terroristas que estão fazendo ameaças".
"Cachorro que late não morde. A gente não tem que satisfazer os terroristas que estão fazendo ameaças. Nós precisamos encontrar uma saída e ontem eu disse que nós não temos especialistas para entender, mas tem gente que acha que a solução é levantar o muro da creche, colocar detector de metal, imagina uma criança de 6 anos passando no detector de metal."