A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) reuniram representantes de diversas entidades para formalizar a criação do Grupo de Trabalho para Promoção da Segurança e a Cultura de Paz nas Escolas durante encontro realizado na manhã de quinta-feira (13). Já nesta sexta (14), o Secretário de Segurança Pública (SSP), Chico Lucas, confirmou a apreensão de seis menores acusados por ameaças de ataques a escolas no Piauí.
Os casos ocorreram na capital, Teresina e nos municípios de Bom Princípio, Picos, Teresina, Matias Olímpio e Buriti dos Lopes. De acordo com o secretário, as idades dos adolescentes variam entre 12 e 15 anos. Ainda segundo Chico Lucas, a ação dos envolvidos soa como um "grito de socorro" pois esses adolescentes já foram, em outro momento, vitimas de violencia na escola, como o bullying.
"Todas as denúncias que chegam a gente está apurando, já foram apreendidos cinco menores. Ontem mesmo,em Buriti dos Lopes. Nós apreendemos um menor no povoado Tamarindo, lá em Bom Princípio, que postava ameaças. Até agora todos os casos são menores que querem de alguma maneira chamar atenção pra algum tipo de violência que sofrem na escola, principalmente o bullying e da parte da Polícia Militar o CIPE, que é a Companhia Independente de Policiamento Escolar está fazendo treinamento dos agentes de portaria. Hoje nós reforçamos o policiamento nas entradas e saídas das escolas. Então, todas as escolas estão recebendo rondas nas entradas e saídas e principalmente a gente pede para as pessoas manterem a calma. É muito mais esse clima de alguns jovens que querem chamar atenção", disse Chico Lucas.
Ainda de acordo com o secretário, as coações eram feitas por meio de perfis criados nas redes sociais. A SSP também reforça que os atos não devem gerar pânico na sociedade tendo em vista todas as medidas que estão sendo tomadas pelo órgão. Além disso, felizmente, nenhum dos atos foi concretizado.
"Não é motivo para pânico e a gente não pode criar gatilhos pra que jovens se estimulem a fazer esse tipo de conduta. A gente tem que ter muita parcimônia na cobertura e na forma de lidar com esse tipo de ação porque realmente pode gerar um efeito gatilho, um efeito estimulante [...]. Todos os casos a gente percebeu que eram crianças ou adolescentes com famílias desestruturadas ou que estavam então é muito mais parece um grito de socorro desses adolescentes, estão pedindo atenção", informou.
Os inquéritos foram abertos e tendo em base as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todas as providencias cabíveis serão tomadas. "Nós estamos abrindo inquérito. Até agora a questão das ameaças geralmente são de menores e não existe uma legislação que trata disso. Então, no ECA você tem vários dispositivos e a gente tá respeitando esse dispositivo, mas também estamos chamando os pais e assinando termos de responsabilidade", finalizou Chico Lucas.