Polícia Científica usa tecnologia avançada para elucidação de crimes

O objetivo principal deste trabalho é a análise e comparação dos diversos tipos de elementos balísticos e oriundos de diversos crimes.

Polícia Científica usa tecnologia avançada para elucidação de crimes | Divulgação
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A Polícia Científica do Piauí, através da recém-criada Gerência de Inteligência e SINAB, tem reforçado o trabalho em análise balística com produção de material de inteligência que facilita a elucidação de crimes. O objetivo principal deste trabalho é a análise e comparação dos diversos tipos de elementos balísticos e oriundos de diversos crimes no estado ou interestaduais.

Como teste positivo da tecnologia, a equipe do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em mandado de busca e apreensão, na casa de pessoa envolvida com facção criminosa, encontrou uma arma de fogo e a encaminhou para o setor de balística no ICRIM para exame de caracterização e eficiência. 

“No caso em questão, já havíamos inserido diversos perfis de projéteis retirados de vítimas nas necropsias do IML por peritos médicos-legistas ou coletados nos locais de crimes por peritos criminais. Dois desses perfis foram correlacionados com essa arma específica”, relatou o Perito Geral da Polícia Científica do Piauí, Dr. Antônio Nunes.

Um perito criminal analisa todos os resultados | Foto: DivulgaçãoAinda segundo o Perito Geral, esses são apenas dois dos diversos casos que já foram interligados pelo trabalho da equipe de inteligência e SINAB. “Existiram vários outros e a tendência é de aumento acentuado com a evolução desse trabalho”, garantiu Nunes. 

COMO FUNCIONA A PERÍCIA

Antes de ser levada para o setor de balística, as armas passam por triagem pela equipe do Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB) do Piauí. Se histórico e as características da mesma se enquadrarem no protocolo de inserção no sistema, é feita uma coleta de projéteis e estojos padrões para inserção na nossa partição Estadual do Banco Nacional de Perfis Balísticos. 

“Uma vez no banco, esse perfil, na forma de assinatura, é armazenado e enviado para o Servidor de Correlação, onde é feita uma comparação com todas as outras já armazenadas no banco nacional. Os resultados dessa correlação são disponibilizados para a Central Estadual que os inseriu através de uma estação de trabalho chamada Matchpoint”, explicou o Perito Geral. 

Nesta estação, um perito criminal com treinamento específico analisa todos os resultados e, caso faça alguma ligação, os projéteis e estojos utilizados para gerar os perfis ligados são analisados fisicamente num microcomparador óptico; se a correlação for confirmada, é produzido um Laudo de Coincidência de Perfis Balísticos que é encaminhado para a delegacia responsável pelo encaminhamento da arma e para a delegacia que está investigando o homicídio.

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