Nesta quarta-feira (08), a conversa de WhatsApp dos integrantes do esquema de fraude bancária que causou prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira, foi divulgada. Em uma das mensagens é possível ver os suspeitos arquitetando o crime. O grupo foi preso nesta terça-feira (5) através da “Operação Prodígio”, nas cidades de Teresina, Floriano, Amarante e Nazaré do Piauí.
A investigação realizada pela Polícia Civil, iniciou após informação de crime apresentada pela Diretoria de Segurança do banco, que detectou a fraude e acionou as autoridades. Durante a operação foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão temporária.
Entre os presos, alguns tinham entre 18 e 21 anos, dando origem ao nome da operação, prodígio. Segundo informações da polícia, os jovens se passavam por médicos e engenheiros para abrir contas bancárias e cometer a fraude bancária que causou prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira.
Nas conversas um dos integrantes afirma: “ O Anderson que sabe a profissão de vocês”, além de outros prints que confirmam sobre a liderança de Anderson Ranchel. O suspeito ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, como viagens, carros de alto padrão e roupas de grifes famosas.
“Rapaz, Anderson, para de coisa quando levamos pra você nós já sabíamos encaixar a renda é tanto que lembro você falando que não era pra nós encaixar em 10001 era só 1000. Mas não se preocupa. Vamos dar a sua parte, assim que der certo. Pelo menos 1.Mas a gente já sabe, só mudar a profissão”, disse o indivíduo intitulado como Marcelo “cabeça” em uma conversa.
No Instagram, Anderson compartilhava imagens de passeios em carros luxuosos e viagens a países como Alemanha, Estados Unidos, França, Colômbia, Canadá, Noruega, Portugal, Espanha, Panamá, Argentina, Paraguai, Noruega, Inglaterra e Holanda. As experiências com a aviação, presença em salas VIP de aeroportos e em pontos turísticos também eram divulgadas em seu perfil verificado, tudo com direito a legendas motivacionais.
De acordo os dados divulgados pela Secretária de Segurança Pública do Piauí, a metodologia da fraude funcionava da seguinte forma:
1 - Os suspeitos, demonstrando dolo de lesar a instituição financeira, falseavam suas informações cadastrais no momento da abertura da conta, ludibriando a instituição financeira;
2 - Aceitos como cliente de alta renda, os suspeitos efetuaram compras em estabelecimentos de origem duvidosa ou pagamentos de títulos de valores elevados utilizando cartão de crédito para simular padrão econômico falso;
3 - Após as operações simuladas o sistema de crédito do Banco Santander libera empréstimo de elevada quantia, ocasião em que o cliente:
a. Quita o empréstimo anterior
b. Paga faturas de cartão de crédito em aberto
c. Transfere o valor restante para contas próprias ou de terceiros
4 - O ciclo se repete, até que o cliente cessa o pagamento do empréstimo deixando a empresa no prejuízo.
Clique aqui e confira as identidades dos 30 integrantes da organização!