A Secretária de Segurança Pública do Estado em relatório, apresentou as identidades dos 30 presos e como era organizado o esquema de fraude bancária que causou prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira. Os suspeitos foram presos nesta terça-feira (5) através da “Operação Prodígio”, nas cidades de Teresina, Floriano, Amarante e Nazaré do Piauí.
“Essa associação é formada por três grupos: os líderes, que trouxeram esse esquema criminoso para o Piauí, braços financeiros que também operavam a movimentação desse dinheiro, uma vez que o banco era tombado e o grupo dos chamados clientes, pessoas que eram cooptadas pela organização para se apresentar ao banco, abrir uma conta bancária com dados falsos”, informou o Diretor de Inteligência da SSP-PI, Anchiêta Nery.
A investigação iniciou após informação de crime apresentada pela Diretoria de Segurança do banco, que detectou a fraude e acionou a Polícia Civil. Ao final do Inquérito Policial a PCPI compartilhará provas com outros estados e novas prisões podem ocorrer. De acordo os dados, a metodologia da fraude funcionava da seguinte forma:
1 - Os suspeitos, demonstrando dolo de lesar a instituição financeira, falseavam suas informações cadastrais no momento da abertura da conta, ludibriando a instituição financeira;
2 - Aceitos como cliente de alta renda, os suspeitos efetuaram compras em estabelecimentos de origem duvidosa ou pagamentos de títulos de valores elevados utilizando cartão de crédito para simular padrão econômico falso;
3 - Após as operações simuladas o sistema de crédito do Banco Santander libera empréstimo de elevada quantia, ocasião em que o cliente:
a. Quita o empréstimo anterior;
b. Paga faturas de cartão de crédito em aberto;
c. Transfere o valor restante para contas próprias ou de terceiros;
4 - O ciclo se repete, até que o cliente cessa o pagamento do empréstimo deixando a empresa no prejuízo.
Segundo a SSP, os integrantes estavam separados por 4 grupos, que por fim se ligava ao líder Anderson Ranchel, que por sua vez, nas redes sociais, ostentava uma vida de luxo, com carros luxuosos e viagens a países como Alemanha, Estados Unidos, França, Colômbia, Canadá, Noruega, Portugal, Espanha, Panamá, Argentina, Paraguai, Noruega, Inglaterra e Holanda.
Durante a operaçã foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão temporária. Entre os presos, alguns tinham entre 18 e 21 anos, dando origem ao nome da operação, prodígio. Os jovens se passavam por médicos e engenheiros para abrir contas bancárias.
Veja quem estava envolvido: