MP denuncia falso PF em Teresina por tráfico de drogas; acusado usava simulacro para intimidar

Kellvin vendia drogas na porta de sua própria casa e utilizava um simulacro de pistola para intimidar os clientes. Dois após a prisão, a Justiça determinou a soltura do acusado.

Kellvin Peterson Freitas Silva | FOTO: Divulgação/Denarc Kellvin Peterson Freitas Silva | FOTO: Divulgação/Denarc
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O Ministério Público do Piauí denunciou, por tráfico de drogas, o falso policial federal Kellvin Peterson Freitas Silva. O acusado se passava por autoridade para comercializar entorpecentes em sua casa, no bairro Morada do Sol, na zona leste de Teresina, onde foi preso no dia 10 de outubro de 2024 pelo Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A decisão foi divulgada nesta terça-feira (28). 

“A autoria do delito em foco encontra-se devidamente comprovada nos depoimentos [...] nesse sentido, resta claro que o denunciado incorreu no crime de tráfico de substâncias entorpecentes, nas modalidades “guardar/ter em depósito ” drogas sem autorização legal ou em desacordo com a determinação regulamentar”, consta na decisão do Ministério Público.

O QUE ACONTECEU?

Kellvin vendia drogas na porta de sua própria casa e utilizava um simulacro de pistola (assemelha-se a uma arma de fogo) para intimidar os clientes. Com ele, foram encontrados drogas, como skunk e haxixe, conhecidas como super-maconha, balança de precisão e cerca de R$ 5 mil. 

“Na data [...] duas equipes da Denarc se deslocaram até o imóvel alvo da busca e apreensão, e após aproximadamente meia hora de campana, o nacional [...] foi visualizado acompanhado de sua filha menor, sendo abordado e conduzido para residência local da busca e apreensão. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, estava na residência (quitinete) uma mulher, a qual seria esposa de Kellvin. O indivíduo espontaneamente apontou o local onde estava as substâncias aparentemente entorpecentes”, consta na denúncia do MP.

Veja o momento da prisão!

Em depoimento, o falso PF afirmou que “o entorpecente em questão seria para seu uso”, no entanto, a “extração de dados telemáticos obtidos do aparelho celular de Kellvin” confirmam que “ele estava comercializando entorpecentes via aplicativo Whatsapp”. 

O QUE SE SABE?

No dia 12 de outubro, a Justiça do Piauí determinou a soltura de Kellvin sob o uso de  tornozeleira eletrônica e o cumprimento de medidas cautelares. “Ele é tecnicamente primário e não há indícios de que, solto, ele volte a cometer crimes. Durante a abordagem policial, Kellvin Peterson não ofereceu resistência, foi solícito e colaborou, inclusive, indicando onde estavam os entorpecentes", afirmou a Justiça na época. 

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