O Ministério da Educação (MEC) criou três novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no Piauí (IFPI). A medida, que consta na Portaria nº 34/2025 publicada nesta segunda-feira (20), contempla outras 27 unidades no país. No Piauí, essa medida beneficia três campi: Dirceu Arcoverde, na zona sudeste de Teresina, José de Freitas e Pio IX.
MAIS VAGAS
Com a mudança, os campi dobram a capacidade de atendimento: de 400 para 800 estudantes cada. Em todo Brasil, 20 institutos federais de 18 estados foram contemplados e a expectativa é de que sejam criadas, nos próximos anos, 12 mil novas vagas em cursos de educação profissional e tecnológica.
“Nossa ideia é que a gente possa ampliar o ensino técnico integrado ao ensino médio e essa é uma demanda também de 80% dos jovens dessa etapa. O Brasil tem, hoje, apenas 11% de matrículas do ensino médio integrado. Queremos chegar a 35% nos próximos cinco anos. É uma meta ousada para países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], mas é importante que o aluno já saia com uma profissão do ensino médio. E isso não quer dizer que esse jovem não possa ir também para a universidade”, defende o ministro da Educação, Camilo Santana.
PONTOS POSITIVOS
Segundo o reitor do Instituto Federal do Piauí, Paulo Borges da Cunha, a ação traz uma série de benefícios. "Uma das mudanças é a autonomia administrativa e financeira que permitirá a estes campi um orçamento próprio garantindo assim mais investimentos e uma capacidade maior de planejamento e execução de ações, oferta de editais de pesquisa, extensão dentre tantos outros projetos que beneficiam diretamente a comunidade", comenta o reitor.
O QUE MUDA
A mudança de tipologia é realizada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do MEC, por meio de critérios técnicos como tempo da autorização, oferta de cursos técnicos, número de matrículas, edificação e infraestrutura existente. Para o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, é uma demanda de uma década.
“A transformação desses campi impacta positivamente os estudantes, com mais vagas em cursos. Ela também qualifica a relação com os arranjos produtivos locais e regionais e ainda gera benefícios para a comunidade por meio de projetos de pesquisa e extensão”, destaca o secretário.