Justiça pede exame médico de estudante que matou casal em Teresina: “Doença grave”

A medida ocorre em razão do pedido de prisão domiciliar apresentado pelo Ministério Público, sob a alegação de que o acusado é portador de uma doença cardíaca.

Justiça pede exame médico de estudante que matou casal em Teresina | FOTO: Reprodução
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A Justiça do Piauí solicitou, nesta quinta-feira (16), um relatório médico sobre o estudante de direito João Henrique Soares Leite Bonfim para verificar se ele possui alguma “doença grave”. A medida ocorre em razão do pedido de prisão domiciliar apresentado pelo Ministério Público, sob a alegação de que o acusado é portador de uma doença cardíaca. O jovem está preso por atropelar e matar um casal em dezembro de 2024, na zona Leste de Teresina.

“Determino a expedição de ofício à unidade onde se encontra recolhido o acusado, para que expeça relatório médico atestando o estado de saúde do interno e em caso de doença grave, se o estabelecimento prisional possui condições de cuidar da saúde do preso”, diz um trecho do requerimento.

O QUE PODE ACONTECER?

No dia 13 de janeiro, o Ministério Público pediu a revogação da prisão preventiva de João Henrique, alegando que sua liberdade não oferece “risco direto à ordem pública”. O promotor destacou que, apesar da gravidade do ato, o réu não possui histórico de reincidência em crimes de sangue. 

O promotor propôs substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, incluindo comparecimento mensal em juízo, proibição de frequentar bares e ingerir álcool em público, recolhimento noturno, monitoramento eletrônico e suspensão da habilitação para dirigir.

“Após, retornem os autos conclusos para decisão acerca do pedido de prisão domiciliar ou liberdade provisória”, acrescenta o juiz no requerimento.

RELEMBRE O CASO:

  • O acidente ocorreu em 1º de dezembro de 2024, no cruzamento das avenidas Jockey e Nossa Senhora de Fátima, em Teresina;
  • Laurielle da Silva e Francisco Felipe estavam em uma moto quando foram atingidos por um carro em alta velocidade, que avançou o sinal vermelho;
  • João Henrique, motorista do carro, estava alcoolizado e portava drogas sintéticas;
  • O estudante é réu por duplo homicídio doloso.
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