O Tribunal de Justiça do Piauí agendou para o dia 4 de fevereiro, às 9h da manhã, a audiência de instrução e julgamento dos acusados pelo assassinato da influenciadora Samynha Silva, ocorrido em outubro de 2023.
QUEM SÃO ELES
Felipe de Sousa Amorim, Raimunda Nonata Vitória da Silva, Davdy Jhorrany Moreira Dourado e Israel Boanerges Ribeiro de Sousa foram indiciados pelo crime e seguem presos à espera da audiência. Felipe e Israel foram detidos em 8 de fevereiro do ano passado, enquanto Raimunda Nonata Vitória foi presa no dia 15 do mesmo mês.
Eles foram indiciados por homicídio com três qualificadores: motivo torpe (o fato da vítima ser envolvida com uma facção criminosa rival), sem chance de defesa da vítima e perigo comum (porque os disparos foram realizados em via pública).
As investigações conduzidas pela Delegacia de Feminicídios concluíram que o crime foi premeditado. Segundo a Polícia Civil do Piauí, os quatro foram em um clube aquático na manhã do dia 1º de outubro, lugar onde arquitetaram todo o crime.
Quem era Samynha Silva
Samya Silva, de 21 anos, era uma influenciadora digital de Teresina. No Instagram, acumulava quase 50 mil seguidores, onde compartilhava seu dia a dia e fazia publicações sobre jogos de aposta online, como o “Jogo do Tigrinho”.
Em agosto de 2023, um vídeo dela viralizou nas redes sociais em todo o Brasil. Na gravação, ela comemorava os primeiros votos de ministros do Supremo Tribunal Federal a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.
Após a repercussão, Samya se envolveu em diversas polêmicas e discussões nas redes sociais. Na noite anterior ao crime, ela relatou ter brigado em uma festa e chegou a publicar stories sobre o desentendimento. Cerca de uma hora antes de ser assassinada, fez sua última postagem no Instagram.
O crime
No dia do assassinato, Samya passou a tarde em um clube na Zona Leste de Teresina, acompanhada de duas amigas. Ela chegou a publicar várias fotos e vídeos se divertindo no local.
Ao deixarem o clube, as três seguiam juntas em uma motocicleta pilotada por Samya. Durante o trajeto, foram perseguidas por dois homens em outra moto. Os suspeitos estavam de capacete e ordenaram que Samya parasse. Assustada, ela derrubou a moto no chão e tentou fugir com as amigas, mas foi baleada e morreu na Avenida João XXIII, no bairro São Cristóvão.
Uma das amigas que testemunhou o crime, Yrla Lima, teve o celular atingido por um tiro. Momentos depois, ela fez postagens nas redes sociais lamentando a morte de Samya e mostrando o aparelho danificado pelo disparo.