Um dos alvos da operação Smart Fake, que investiga um esquema criminoso que fraudava empréstimos na Caixa Econômica Federal, é um funcionário da própria instituição. Contra ele, foi cumprido apenas um mandado de busca e apreensão. A ação ocorreu nas cidades de Teresina (PI), Pedro II e Timon (MA) e resultou na prisão de quatro pessoas. O prejuízo é superior a R$ 20 milhões aos cofres públicos.
O QUE DIZ A POLÍCIA FEDERAL?
“Existe uma dúvida de que forma ele atuava então a gente preferiu ir com uma certa, cautela [...] até agora apenas um funcionário foi alvo”, afirmou o Delegado Marco Antônio Nunes, da Polícia Federal.
COMO OCORRIA O ESQUEMA?
- A partir do momento que uma empresa “falia” e/ou encerrava sua atividade, um contador entrava em contato com "agentes", que cooptavam esses empresários;
- A quadrilha afirmava que poderia realizar empréstimos junto à Caixa, mas que não pagariam pela operação de crédito. Depois, com as empresas já fechadas, o nome do titular ficava negativado por 5 anos, no entanto, recebiam valores como parte do empréstimo pela fraude;
- Algumas empresas tinham conhecimento do crime, outras realmente tiveram seus documentos utilizados pelo grupo.
COMO FOI A OPERAÇÃO?
A investigação começou após a denúncia de um empresário de Teresina, que relatou a solicitação de um crédito fraudulento em nome de sua empresa, intermediado por um terceiro, com faturamento falsificado e sem intenção de pagamento. A PF descobriu outros contratos irregulares. Foram detectadas também movimentações suspeitas nas contas, e vários CNPJs estavam baixados ou inaptos na Receita Federal após o uso do crédito.
Além das prisões, houve sequestro de bens dos investigados. Os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato qualificado, organização criminosa, falsificação de documentos, além de outros que possam ser identificados no decorrer da investigação.