Dois meses e 16 dias se passaram, e a motivação por trás da morte de Kárita Joara de Lima, de 35 anos, ainda é um mistério. A princípio, o caso foi tratado como suicídio, mas, no decorrer das investigações, foi descoberto que, na verdade, ela foi vítima de estrangulamento. A principal suspeita do crime é Maria do Perpétuo Socorro Pereira, até então companheira da vítima.
O QUE ACONTECEU?
O crime aconteceu em 26 de setembro de 2024, na casa do casal no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina (PI). Maria do Socorro afirmou que Karita havia se suicidado por enforcamento com um cinturão. Porém, a investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) começou a questionar essa versão com base em depoimentos de familiares e no laudo cadavérico, que apontou marcas no pescoço da vítima.
QUEM É O PRINCIPAL SUSPEITO?
Maria do Socorro acompanhou todo o velório de Kárita e continuou mantendo contato com familiares e amigos da vítima. No entanto, a suspeita foi presa no dia 27 de novembro. A delegada Nathália Figueiredo explicou que a mulher foi presa devido a várias contradições nos depoimentos.
"Ela mesma (Maria do Socorro), quando foi ouvida, disse que só estavam as duas (no dia do crime). Existem várias contradições no que ela nos contou [...] no momento da prisão, ela não demonstrou muito sentimento, o que também gerou desconfiança”, explicou a delegada.
Além disso, o celular de Kárita foi o pivô da prisão de Maria do Socorro. “Ela inicialmente disse que não estava com o celular da Karita, mas depois devolveu, dizendo que o encontrou em suas coisas", explicou a delegada. As conversas (de WhatsApp) estavam apagadas. "É um quebra-cabeça que estamos montando, mas ainda faltam algumas peças, e estamos aguardando outros laudos", acrescentou.
COMO ANDA A INVESTIGAÇÃO?
As investigações revelaram a possibilidade de que Maria do Socorro tenha manipulado a cena do crime para disfarçar o assassinato. A Polícia Civil pediu a prorrogação da prisão temporária da suspeita, que foi acatada pela Justiça, por 30 dias. Exames toxicológicos no corpo da vítima foram realizados, além de outras circunstâncias.
QUAL A MOTIVAÇÃO DO CRIME?
A motivação ainda é um verdadeiro mistério. O caso continua sendo investigado pelo DHPP a fim de revelar e concluir as investigações acerca da morte de Kárita Joara de Lima.
“É um caso muito complexo [...] estamos seguindo também com oitivas, até para gente conseguir concluir esse inquérito da melhor maneira possível [...] o que foi repassado por familiares e amigos, era de (o casal) vivia uma relação conflituosa. Não foi relatado violências físicas, mas eram constantes as discussões, inclusive no ambiente de trabalho [...] na investigação a gente pega todos os pontos necessários que possam nos ajudar na conclusão”, explicou a delegada Nathália Figueiredo.