Neste sábado (13), o Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI) promoveu um mutirão de atendimentos que beneficiou cerca de 470 pacientes. A ação contemplou diferentes especialidades, abrangendo desde consultas médicas até exames de alta complexidade, como a angioplastia. De forma inédita, também foram disponibilizados vouchers para auxiliar os pacientes nas despesas com transporte no retorno às suas casas.
A gente recebeu essa semana, que todos os pacientes que vieram receberiam um voucher de um programa desse de aplicativo, para garantir pelo menos a volta, para garantir esse transporte. A gente sabe que temos uma certa dificuldade de mobilidade urbana, e a gente é acessível a isso, e a gente conseguiu um apoio no transporte para diminuir a falta dos pacientes, disse o doutor André Gonçalves, superintendente do HU-UFPI.
MUTIRÃO
Na área cirúrgica, serão realizadas intervenções em cirurgia geral, ginecologia, ortopedia, oftalmologia e implante de marcapasso. O setor de hemodinâmica também terá cateterismos e angioplastias.
Entre os exames especializados está histeroscopia, colposcopia, espirometria, ecocardiograma transtorácico, ultrassonografia, mamografia, exames oftalmológicos (mapeamento de retina, retinografia colorida e tomografia de coerência óptica), além de endoscopia e colonoscopia.
Serão ofertados ainda procedimentos ambulatoriais, como inserção de DIU, pequenas cirurgias ginecológicas e atendimentos em bucomaxilofacial e dermatologia, além de consultas em endocrinologia, reumatologia, geriatria e oftalmologia.
Paguei 22 reais, e agora recebi a notícia com o hospital pagando, isso me surpreendeu muito de nós. O usuário do hospital não tem condição de pagar UBER, eu fiz um esforço enorme para estar aqui, e agora com a volta paga pelo hospital, agradeço e peco que continue sempre assim, disse o senhor Chagas, paciente.
PACIENTE AGUARDAVA DESDE A PANDEMIA
Uma das pacientes atendida pelo mutirão deste sábado, aguardava realizar um procedimento desde a pandemia da Covid-19.
Eu acho que mais de um ano que eu já tinha esquecido que a médica tinha pedido esse exame. Eu fiquei contente, porque eu sou paciente oncológico. Esse acompanhamento era para ser pelo menos de seis em seis meses. Eu estive aqui numa fila de espera para uma cirurgia, e foi despachado por conta da pandemia e nunca mais ninguém tinha entrado. Estava na pandemia quando o médico disse, “é melhor você esperar, é melhor você não correr o risco de pegar uma Covid e ir para casa”, disse dona Raimunda Carvalho Rodrigues.
AÇÃO DEVE CONTINUAR
O doutor André Gonçalves afirma que os mutirões diminuem o tempo de espera dos pacientes. “A ideia não é acabar com as filas, porque a necessidade é diária, a ideia é diminuir o máximo do tempo de espera dessas filas, para que o paciente consiga resolver os seus problemas em um tempo hábil”, disse.