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‘É uma situação sem volta’, diz presidente do TJPI com otimismo sobre uso de IA

Segundo o chefe do Judiciário, o Tribunal do Piauí já faz o uso de algumas ferramentas, colocadas à disposição dos atores dos processos

Presidente do TJPI comenta sobre decisão de uso da Inteligência Artificial | Foto: Rede Meio
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Em entrevista à TV Meio na tarde desta quarta-feira (19), o Presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, Aderson Nogueira, se mostrou otimista com a implementação do uso de ferramentas da Inteligência Artificial nos processos de decisão do Judiciário. 

Me parece que é uma situação sem volta. Nós procuramos e pretendemos, e isso é uma ferramenta que todos nós queremos utilizar todo dia com mais perfeição. 

O presidente ainda informou que além do processo judicial atual já contar com o formato eletrônico, o Tribunal do Piauí faz o uso de algumas ferramentas, colocadas à disposição dos atores dos processos.

Nós temos o Rick, é um robozinho que informa a situação do processo e temos também a Júlia. Ou seja, é uma justiça auxiliada por Inteligência Artificial. 

ROBÔ JÚLIA E ACESSIBILIDADE 

A Júlia é uma ferramenta que faz com que as pessoas entendam a linguagem jurídica, muitas vezes complicada para compreensão da população. Ela se tornou importante nesse processo de dar mais acesso ao público e facilitar a comunicação. 

A linguagem simples e a linguagem acessível, hoje, são metas determinadas pelo Conselho Nacional da Justiça, também abraçadas pelos tribunais no sentido de oferecer sempre uma decisão que seja acessível e de entendimento fácil às partes, disse Aderson. 

CNJ AUTORIZA USO DE IA COM SUPERVISÃO 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, na terça-feira (18), novas diretrizes para a utilização de tecnologias de inteligência artificial (IA) pelo Poder Judiciário. Entre as mudanças, está a autorização para que minutas de decisões judiciais possam ser redigidas por meio de ferramentas de IA generativa. No entanto, conforme a resolução aprovada, essas minutas devem passar por interpretação, verificação e revisão por parte do magistrado responsável. 

Segundo Nogueira, a decisão sobre o uso, reafirma que estas ferramentas vem de encontro com aquilo que toda a sociedade espera. 

A magistratura também é muito ciosa disso, de apresentar e disponibilizar uma resolução, uma solução, uma decisão o mais próximo daquilo que a parte pretende, ou seja, um processo rápido, mas sobretudo eficiente, respeitando todo o ordenamento jurídico com o processo justo, observando o contraditório, mas com resolutividade rápidas.

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