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Dono da Barão Veículos está entre os presos em operação que investiga lavagem de dinheiro e tráfico

Além da prisão de Josimar, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e outros dois mandados de prisão preventiva.

Operação Barão Vermelho prende dono da Barão Veículos em Teresina | Foto: Reprodução
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O empresário Josimar Barbosa de Sousa, dono da Barão Veículos, empreendimento localizado na zona Sul de Teresina, está entre os presos na terceira fase da Operação Barão Vermelho, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO-MA). A ação investiga um esquema de lavagem de dinheiro e outros crimes em Teresina, no Maranhão e na Paraíba.

Além da prisão de Josimar, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e outros três mandados de prisão preventiva. Segundo o delegado Ricardo Herlon, titular da 1ª DECCOR do GAECO de Timon, as investigações identificaram movimentações financeiras incompatíveis com as atividades das empresas envolvidas.

Josimar já havia sido preso em novembro de 2024, durante a Operação Denarc 64, acusado de movimentar R$ 1,32 bilhão para a facção criminosa Bonde dos 40. Na época, ele foi liberado no mesmo mês, sob segredo de Justiça.

BLOQUEIO DE BENS

Mais de dez empresas tiveram as atividades suspensas, entre elas uma loja de acessórios e uma distribuidora de medicamentos em Teresina. A Justiça também determinou o bloqueio de bens, como imóveis, veículos, embarcações e aeronaves, dos investigados.

Veículos apreendidos durante operação | Foto: MPPI

Segundo o GAECO, o grupo atua com tráfico de drogas, falsificação de documentos de veículos, receptação de cargas e ouro de origem ilícita, além de agiotagem. As investigações apontam para um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, com movimentações milionárias e saques em grandes valores.

Veículos apreendidos durante operação | Foto: MPPI

O promotor Francisco Fernando, integrante do GAECO, explicou que a operação é resultado de investigações iniciadas em 2021 e que a ação desta quarta-feira é uma ramificação de um esquema maior. “Em 2021 houve um aprofundamento das investigações contra a organização criminosa, que atuou com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, outras empresas também. Depois disso, dentro dessa investigação, aprofundaram-se as diligências.”

Fernando detalhou como as empresas investigadas eram usadas para ocultar recursos ilícitos e criar aparência de legalidade. “Muitos casos acontecem com empresas que têm interpostas as pessoas à sua frente, mas essas pessoas na realidade não admitem nada, não pisam lá, não vão lá. Mas há outras pessoas que realmente mandam e fazem a lavagem, recebem produtos ilegais e jogam o dinheiro dentro das pessoas jurídicas, apresentando para a sociedade a ideia de fachada.”

Operação Barão Vermelho | Foto: MPPI

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