A presença de um vigilante durante a troca de tiros entre policiais militares e assaltantes, em 11 de novembro de 2024, que resultou na morte de Francisco Pereira da Silva Neto no bairro Lourival Parente, na zona Sul de Teresina, pode trazer novos desdobramentos sobre o caso. Em entrevista exclusiva ao MeioNews, o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado 'Baretta', explicou que ainda há dúvidas sobre o que realmente aconteceu.
Foi colhida a informação, inclusive, pela defesa, de que é uma outra pessoa estava lá na cena do crime. Um vigilante que também efetuou disparos lá na durante esse ato. [...] Existe essa informação levantada pela defesa e colhida no curso da da investigação e, portanto, nós não podemos deixar rechaçar a a reconstituição.
PROJÉTIL NÃO FOI LOCALIZADO
Segundo ele, um dos fatores que dificulta a investigação é a falta do projétil que atingiu o caminhoneiro, impossibilitando a realização de um exame de confronto balístico que poderia determinar a origem do disparo que ocasionou a morte de Francisco.
Nós temos depoimentos que já dão um norte e tudo. Contudo, nós ainda temos dúvida. O delegado apresentou algumas dúvidas e a dúvida é a certeza dos loucos.[...] Portanto, nós temos que concluir um inquérito policial com pelo menos com a convicção, se se não chegamos à certeza, mas tem que ter a convicção de que vá tá acontecendo daquele jeito.
Para tentar entender a dinâmica do crime, a polícia requisitou uma reprodução simulada dos fatos ao Instituto de Criminalística ainda no final de 2024, porém o resultado ainda não saiu.
É um meio de investigação, é um meio de prova, que é um exame pericial, portanto, nós não vamos nos eximir de fazer esse exame e nem essa peça que é processual. É só com essa reconstituição que a gente vai ter uma linha de investigação mesmo concreta.
FAMÍLIA AGUARDA RECONSTITUIÇÃO
A família do caminhoneiro ainda espera respostas sobre sua morte. Segundo a advogada da família, Ivana Policarpo, a reconstituição do crime nunca foi marcada. "Não há explicação para tanta demora [...] é fato que dois deles (policiais) sabem quem foi que ceifou a vida do pai de família, trabalhador", disse.
"Meu marido não era um bandido, meu marido era um cidadão e estava trabalhando na hora. Morreu na rua e nenhum fato foi esclarecido para a gente. E nem eles se se manifestam em nada. Ah, porque tem que fazer um uma reconstituição. E quando é que vai ser feita essa reconstituição?", questionou a companheira de Franscisco, Iraildes.