Delegado conta detalhes da prisão de Nilsinho, condenado por matar Tallyne Teles

A prisão do casal ocorreu na quarta-feira (12), na cidade de São José do Rio Preto-SP, em uma ação conjunta entre as polícias do Piauí e SP

Avalie a matéria:
Nilson Feitosa e a estudante Tallyne Teles | Fotos: Divulgação/SSP-PI e Reprodução

Na manhã desta quinta-feira (13), o delegado Ian Brayner concedeu entrevista ao Piauí Bom Dia, onde deu detalhes da prisão de Nilson Reis Feitosa, condenado a quase 60 anos de prisão por crimes cometidos no Piauí, entre eles, o assassinato da estudante de medicina Tallyne Teles, crime ocorrido no ano de 2009, em Teresina. Sua companheira, K.R.E.C., também foi presa. 

Nilsinho estava preso na cadeia Francisco Hélio Viana de Araújo, localizada em Pacatuba, região metropolitana de Fortaleza-CE. Sua fuga foi registrada no dia 8 de março de 2024.

Nilson Feitosa - Foto: Divulgação/SSP-PI

SOBRE A COMPANHEIRA

A companheira de Nilsinho, K.R.E.C., é suspeita de financiar a fuga dele do sistema prisional cearense. Segundo a polícia, ela possui antecedentes por falsidade documental em Fortaleza-CE e furto em São José do Rio Preto-SP.

A prisão do casal ocorreu na quarta-feira (12), na cidade de São José do Rio Preto-SP, em uma ação conjunta entre a Polícia Civil do Estado do Piauí e a Polícia Civil do Estado de São Paulo.

COMO OCORREU O CRIME

Nilson foi condenado a 30 anos de reclusão pelo assassinado da estudante de medicina Tallyne Teles, crime ocorrido no ano de 2009 em Teresina. Tallyne foi sequestrada, mantida em cárcere e morta a tiros. O corpo foi encontrado em um matagal na cidade de Buriti dos Lopes com dois tiros na cabeça. 

Nilsinho foi preso em 25 de março, cerca de 20 dias após assassinar a jovem. Ele foi encontrado em São Luís do Curu (CE) após uma investigação conjunta da CICO e da inteligência policial do Ceará. Durante a prisão, tentou fugir e houve troca de tiros, sendo atingido na barriga. Ele estava escondido no mato e foi localizado ao seguirem sua irmã, mãe de Michel Feitosa de Meneses, também acusado de participação no crime.

A estudante de medicina, Tallyne Teles - Foto: Reprodução

O QUE DISSE O DELEGADO

O delgado Ian Brayner disse que a operação foi no contexto da 'Operação Lembrados' e que desde a fuga de Nilson da penitenciária do Ceará, policiais estavam em campo para descobrir seu paradeiro e dar cumprimento ao mandado de prisão.

"A prisão se deu dentro do contexto da Operação Lembrados, e o Nilson fugiu da prisão em 8 de março de 2024 no estado do Ceará, onde ele se encontrava cumprindo pena, ele tem mais de 60 anos de condenação, e desde sua fuga que a gente estava em campo investigando o seu paradeiro para fazer com que ele cumprisse a pena por esses crimes bárbaros que ele cometeu e por honrar o trabalho da polícia no ano de 2009 que teve o delegado Bonfim Filho à frente, e tivemos êxito em dar cumprimento a esse mandado de prisão do Nilson, bem como, da companheira dele, que também tinha mandado de prisão em aberto, expedido pelo poder judiciário cearense", disse o delegado.

O delegado deu detalhes de como foi a abordagem policial a Nilson e sua companheira. A dupla estava na rua quando receberam voz de prisão e segundo a polícia, levavam uma vida normal em São José do Rio Preto. 

"Ele estava na rua, estávamos monitorando ele e conseguimos abordá-lo na rua, estava com essa companheira dele. Eles levavam uma vida aparentemente normal, estava até com o semblante diferente, mais forte, usando barba e estava usando documento falso, ambos se apresentavam com documento falso, obviamente com a intensão de se furtar da aplicação da lei penal. Eles apresentaram essa documentação falsa pro estado de São Paulo, mas com base nas informações repassadas pela diretoria de inteligência, a gente já sabia que se tratava do Nilson. Eles levavam uma vida normal. A Kátia teve um papel fundamental na fuga do Nilson, foi responsável por financiar essa logística de transporte, eles se conheceram dentro da penitenciária", disse.

Questionado se Nilson será recambiado para o Piauí ou Ceará, o delegado disse que a polícia aguarda decisão do juiz de São José do Rio Preto, que vai decidir se ele ficará preso lá em São Paulo, ou se será recambiado.  

"A lei de execução penal prevê que o preso condenado cumpra pena dentro do seu domicílio, perto de seus familiares, ele é natural do estado do Ceará, por essa razão ele cumpria pena lá, mas, a gente vai aguardar o juiz de São José do Rio Preto-SP, que vai determinar, se ele vai permanecer preso lá, se vai ser recambiado para o Ceará ou para o Piauí, mas, se for determinando que ele venha para o estado do Piauí, de imediato, a gente vai providenciar esse recambiamento dele para cá", concluiu.

OUTRA CONDENAÇÃO POR ESTUPRAR FISIOTERAPEUTA

Em setembro de 2009, ele foi condenado a 29 anos de prisão pelo estupro, sequestro e cárcere privado cometido contra uma fisioterapeuta, em Teresina, em janeiro de 2008. A mulher foi sequestrada enquanto sacava dinheiro em uma farmácia na avenida Pires de Castro. Ela foi levada para um motel, onde foi estuprada.

Nilson Feitosa - Imagem: Divulgação/Polícia Civil 

NILSINHO GUARDAVA ROUPAS DAS VÍTIMAS

Em 2009, durante a investigação do crime, o delegado da Comissão Investigadora do Crime Organizado, Bonfim Filho, apresentou objetos apreendidos durante a operação que prendeu Nilson Feitosa, o Nilsinho, realizada no Ceará. Bonfim mostrou roupas (vestidos e shorts) das vítimas, que o acusado levava como lembrança dos delitos cometidos no Piauí.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Veja Também
Tópicos
SEÇÕES