Uma família denuncia que o filho, de apenas 5 anos, foi agredido por uma professora no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Bom Samaritano, no bairro Campestre, região Leste de Teresina. A criança chegou em casa na segunda-feira (1º) com a mão inchada e relatou que a educadora teria lhe desferido um tapa.
O QUE ACONTECEU?
Em entrevista ao MeioNorte, João Marcos, pai do menino, contou que seu filho teria escrito uma palavra errada, o que motivou a violência por parte da professora. O crime foi testemunhado pelos colegas da turma e outros servidores.
Ainda de acordo com o pai, não foi a primeira vez que acontecia algo assim. Outro dia, a sua esposa foi barrada por outra professora, pelo fato de ter atrasado apenas 10 minutos.
A gente já foi até a Polícia Civil, fizemos a DPCA [...] eu fui lá, fiz o boletim de ocorrência, fiz o requerimento de corpo de delito e agora vim aqui até a SEMEC [...] eu tenho que transferir meu filho. Eu não quero que meu filho permaneça nessa mesma unidade. Por mais que gerem desconforto, de locomoção, de buscar e deixar até mesmo de pé, eu vou ter que transferir o meu filho para um lugar um pouco mais longe. Eu prefiro que meu filho seja tratado de forma digna, assim como eu fui, a mãe dele foi na escola, você também foi, desabafou João Marcos.
SÉRIE DE VIOLÊNCIA DESCOBERTA
Após a denúncia dos pais nas redes sociais, outras famílias também se manifestaram acerca de agressões por parte da professora. Veja algumas mensagens enviadas por outras vítimas à João Marcos:
Professores disseram que se ela falasse, ia dar na cara dela, e minha irmã só tem 4 aninhos. Depois disso, nunca mais, porque o pai tirou ela da escola.
Foi a mesma professora que puxou minha filha pelo braço e machucou ela. Conversei com a diretora, ela disse que só foi um mal entendido.
Veja!
O QUE DIZ A SEMEC?
A reportagem da Rede Meio Norte procurou a secretaria de educação de Teresina que, em nota, afirmou que "já tomou conhecimento" dos fatos
E reforçou que a "professora não cometeu nenhuma conduta contra a idoneidade física do aluno", mas que já providenciou uma apuração, com “compromisso e transparência”.
Minha briga não é com o Estado, não é contra o município, não com ninguém. Se as professoras não querem trabalhar, arrumem outro emprego. Não maltratem crianças. Não descredibiliza a minha informação, a minha denúncia, porque eu tenho certeza que ela tem total veracidade dos fatos, tem um apoio, tem testemunha e tem tudo isso [...] meu filho não vai ser mais um caso isolado. Meu filho realmente tem um pai, acrescentou João Marcos.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria Municipal de Educação de Teresina (SEMEC) informa que tomou conhecimento, através das redes sociais, do ocorrido envolvendo um aluno de 5 anos no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Bom Samaritano, no bairro Campestre.
Logo em seguida, providenciou a apuração dos fatos junto ao CMEI Bom Samaritano. Um representante da SEMEC esteve na unidade para acompanhar a situação.
A direção do CMEI sustenta que a professora não cometeu nenhuma conduta contra a idoneidade física do aluno, e que possui um bom histórico profissional na unidade de ensino. Acrescenta, que nada semelhante tenha acontecido antes. Ainda se coloca a disposição para atender a família.
A SEMEC envidará todos os esforços para a solução da questão e reafirma ainda seu compromisso com a transparência, com a segurança dos estudantes e com o diálogo junto às famílias e servidores.