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Exclusivo Tatiana Medeiros será transferida do HUT para clínica particular; segurança é reforçada

A mudança de unidade de saúde estaria sendo feita por recomendação médica, segundo relato da mãe da parlamentar.

Tatiana Medeiros (PSB) é transferida para clínica particular após ser internada no HUT | Foto: Reprodução

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) deverá ser transferida do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para uma clínica particular nas próximas horas. A informação foi confirmada por familiares que acompanham o caso. A mudança de unidade de saúde estaria sendo feita por recomendação médica, segundo relato da mãe da parlamentar.

"Estão aguardando só a liberação. A clínica já mandou todos os documentos necessários para transferência" disse ao MeioNews uma fonte que preferiu não se identificar.

O QUE ACONTECEU

Tatiana foi levada às pressas ao HUT na manhã de quarta-feira (21) após passar mal enquanto estava detida na Sala de Estado-Maior do Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar. Antes disso, ela recebeu os primeiros atendimentos do Corpo de Bombeiros e chegou a ser encaminhada ao Hospital da Polícia Militar, de onde foi transferida ao HUT.

O nome da clínica para onde a vereadora será levada está sendo mantido em sigilo pelas autoridades, como forma de preservar a segurança do local. Segundo informações apuradas pela coluna, há pelo menos quatro viaturas dentro do hospital reforçando a vigilância. A movimentação ocorre porque Tatiana segue sob custódia, mesmo internada.

Tatiana Medeiros (PSB) é transferida para clínica particular após ser internada no HUT | Foto: Reprodução

ATUALIZAÇÕES

A parlamentar já deixou a ala vermelha do HUT e foi transferida para outra área interna da unidade. De acordo com familiares, o local exato onde ela se encontra não foi informado por medida de segurança. A mãe da vereadora, Odélia Medeiros, disse que aguarda a atuação da assistência social do hospital para poder visitá-la.

Situação judicial

Tatiana Medeiros foi denunciada no dia 13 de maio pela Procuradoria Regional Eleitoral no Piauí. Ela é investigada por suspeita de envolvimento com organização criminosa, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no âmbito da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal.

Nesta quarta-feira (22), o ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu não julgar o pedido de habeas corpus feito pela defesa da vereadora. O caso foi devolvido ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), que ainda não se manifestou sobre o mérito da solicitação. Segundo o ministro, “sem que o mérito tenha sido avaliado pelo TRE-PI, o TSE não pode se posicionar”.

Aparelhos eletrônicos na cela

Na terça-feira (20), Tatiana voltou a ser alvo de polêmica após policiais militares encontrarem um celular e um tablet em sua cela, durante vistoria de rotina. A Secretaria de Segurança Pública do Piauí confirmou que os dispositivos estavam com a vereadora, que teria informado que os recebeu de um dos advogados.

A entrada de aparelhos eletrônicos em unidades prisionais é proibida, salvo por decisão judicial. O promotor Assuero Stevenson, do Ministério Público Militar, solicitou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar possível facilitação por parte de agentes públicos. Caso seja constatada participação de civis, como advogados, a apuração será encaminhada à Justiça comum.

Tatiana Medeiros foi presa no início de abril sob suspeita de ter sido eleita com apoio de uma facção criminosa e com recursos desviados de uma ONG investigada. As investigações tiveram início logo após o término das eleições municipais de 2024.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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