A Justiça do Piauí suspendeu nesta terça-feira (07) o processo que envolve a vereadora Tatiana Teixeira Medeiros, após um pedido feito por sua defesa. A solicitação pedia o adiamento das audiências que estavam marcadas para os dias 13 a 17 de outubro de 2025. A decisão foi tomada depois que surgiram dúvidas sobre a forma como parte das provas do caso foi obtida.
De acordo com a defesa da vereadora, o pedido foi feito porque o Tribunal de Justiça do Piauí considerou ilegal um relatório financeiro usado nas investigações. O documento, que detalhava movimentações bancárias, foi anulado pelos desembargadores por ter sido obtido de forma irregular. Com isso, todas as provas que se baseavam nesse relatório também perderam validade.
Aponta, por fim, que as provas da Operação “DENARC-64”, principalmente aquelas relacionadas a Alandilson Cardoso Passos, foram compartilhadas com a Polícia Federal, que instaurou o Inquérito Policial, da qual decorre esta Ação Penal Eleitoral, cita um trecho da decisão.
INFORMAÇÕES OBTIDAS DE FORMA IRREGULAR
Parte dessas provas, segundo os advogados, foi compartilhada com a Polícia Federal, que abriu uma nova investigação. Essa investigação acabou dando origem ao processo que agora está suspenso. A defesa pediu que as informações obtidas de forma irregular sejam retiradas do caso e que o Ministério Público avalie se ainda há provas suficientes para continuar o processo.
Os advogados também pediram a revisão da prisão de Alandilson Passos, argumentando que, sem as provas anuladas, não há motivos para mantê-lo preso. Diante dos pedidos, o juiz responsável decidiu paralisar o processo até que haja uma nova análise sobre a validade das provas e os próximos passos da investigação.