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Caso Tatiana Medeiros: justiça define data de audiência com 112 depoimentos

Parlamentar é acusada de crimes eleitorais, financeiros e organização criminosa; companheiro também será julgado.

Tatiana Medeiros (PSB). | Foto: Reprodução
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A audiência de instrução e julgamento da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), acusada de crimes eleitorais, financeiros e de organização criminosa, foi marcada para o dia 13 de outubro deste ano e deve durar, no mínimo, cinco dias. Ao todo, 112 pessoas serão ouvidas. A parlamentar está sob custódia desde o dia 3 de abril.

Além dela, a Justiça do Piauí agendou para os dias 2 e 3 de outubro as audiências de instrução e julgamento de Alandilson Cardoso Passos, companheiro de Tatiana. Ele é acusado de participar de organização criminosa e de lavagem de dinheiro para a facção Bonde dos 40. Outras 19 pessoas também respondem como réus no mesmo esquema.

Esquema de fraude

A vereadora foi presa após investigação do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e da Polícia Federal (PF). Ela é acusada de envolvimento com crimes eleitorais e de manter supostas ligações com uma facção criminosa, o que motivou seu afastamento da função parlamentar.

Tatiana é investigada por crimes como lavagem de dinheiro, compra de votos, falsidade ideológica e suposto financiamento eleitoral por parte da facção. Inicialmente, ela ficou detida no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. 

Durante o período em que esteve no QCG, ela apresentou crises nervosas e complicações de saúde. No final de maio, a parlamentar foi atendida por médicos do Hospital da Polícia Militar (HPM) após episódios de instabilidade emocional. Dias antes, Tatiana havia sido internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) após ingerir uma alta dose de medicamento para pressão arterial.

Conversão para prisão domiciliar

A defesa apresentou relatórios médicos que apontaram quadro psiquiátrico grave e risco de suicídio, o que levou a Justiça a converter a prisão. Segundo a juíza responsável pelo caso, “a condição não estava sendo adequadamente tratada no Estado-Maior do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí”, onde a vereadora cumpria a detenção preventiva.

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