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Chico Lucas rebate Caiado e lamenta politização em cima de “sangue e de morte”

Secretário afirmou que os governadores de direita estariam politização do debate e que terrorismo e organizações criminosas atuam em polos distintos

Secretário Chico Lucas | Foto: Saymon Lima/MeioNews
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Na manhã desta sexta-feira (14), o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, esteve presente durante a inauguração da nova sede do Instituto de DNA Forense do Piauí (IDNA-PI), localizada no bairro Saci, zona Sul da cidade.

O secretário se posicionou sobre a PEC da Segurança Pública e o PL Antifacção, propostas que tramitam no Congresso Nacional no combate ao crime organizado sob perspectivas diferentes.

Na oportunidade, Chico Lucas teceu duras críticas aos governadores de direita. De acordo com ele, Ronaldo Caiado, governador de Goiás, estaria politizando o debate sobre a atuação de organizações criminosas no Brasil. 

“Os governadores de direita, eu falo aqui do Ronaldo Caiado, foram contra a PEC da Segurança argumentando que tiraria a autonomia dos estados. Mas foram a favor de equiparar o crime organizado ao terrorismo, que traz a Polícia Federal como a única capaz de investigar. Então, ele tem que decidir se é a favor ou contra a autonomia dos estados. O que mostra que ele está politizando o debate de um tema sério que merece atenção. Não se pode fazer palanque eleitoral em cima de sangue e de morte”, defendeu Chico Lucas.

De acordo com ele, equiparar crimes cometidos por facções criminosas e milícias (como dominação territorial e tráfico de drogas) ao crime de terrorismo não seria uma alternativa viável para o combate a organizações criminosas e afirmou que o tema está sendo utilizado de forma incoerente pela direita.

“É uma alternativa inviável. Porque o crime de terrorismo pressupõe a violência política, preconceito à raça ou opção política. Já o crime organizado tem como objetivo o lucro. Esse debate de terrorismo é totalmente inviável e mostra que há uma incoerência por parte da direita”, apontou.

ENTENDA DO QUE SE TRATA A  PL ANTIFACÇÃO

 A lei antifacção é uma das propostas do governo para tentar sufocar o crime organizado. A proposta surgiu a pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública a um grupo de trabalho, depois enxugado pelo ministro Ricardo Lewandowski e enviado ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A proposta visa criar o marco legal de combate ao crime organizado no país e foi alterada quatro vezes em menos de uma semana pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP).

Uma das mudanças no texto, realizada por Derrite, seria limitar a atuação da Polícia Federal no combate ao crime organizado. Proposta essa que foi alvo de críticas pelo secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas.   

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