Atualizada às 15:53
Dando continuidade à audiência de instrução e julgamento do caso da vereadora Tatiana Medeiros, na tarde desta segunda-feira (24), a delegada da Polícia Civil, Adília Klein, foi ouvida. Em 2024, ela presidiu a investigação Denarc 64.
Adília explicou que sua atuação se restringiu ao caso envolvendo Alandilson, especificamente na apuração sobre lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas. A investigação conduzida por ela resultou na operação que prendeu o suspeito, namorado de Tatiana Medeiros, em Belo Horizonte.
Alandilson é apontado como cabeça de uma facção criminosa, qual teria financiado a campanha eleitoral da vereadora, conforme as investigações.
O delegado da Polícia Federal, Daniel Araújo Alves, foi o primeiro a prestar depoimento na audiência de instrução e julgamento da vereadora de Teresina Tatiana Medeiros (PSB). À Rede Meio Norte, a defesa da parlamentar relatou que ela está “tranquila e respondendo todas a perguntas”.
Tatiana e outros oito acusados, incluindo o namorado Alandilson Passos, são investigados por lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e fraude eleitoral.
Tudo dentro da normalidade, o caminho normal da audiência [...] o esquema primeiro, ouve as testemunhas de acusação, a acusação pergunta primeiro, depois a defesa [...] são várias perguntas, são 3 promotores, advogados, ai você imagina, mas é normal, disse o doutor Edson Araújo, que faz parte da defesa de Tatiana Medeiros.
Ele acrescentou que a defesa deve se basear na anulação do relatório do COAF, invalidado pela Justiça por ser obtido por meio de uma “fishing expedition” — isto é, uma investigação ampla, sem delimitação e sem a autorização formal adequada.
AUDIÊNCIA
Foram intimadas 112 pessoas para esta fase processual — 103 testemunhas, arroladas tanto pela defesa quanto pela acusação, além dos nove denunciados. As audiências começaram nesta segunda-feira (24) e se estendem até 28 de novembro.
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INVESTIGAÇÃO
Tatiana foi presa em 3 de abril, após mandado de prisão preventiva expedido em 23 de março. Em 3 de junho, a Justiça autorizou que ela cumprisse prisão domiciliar por motivos de saúde, mediante medidas cautelares.
Segundo a Polícia Federal, a campanha que a elegeu para a Câmara de Teresina, em outubro de 2024, teria sido financiada com “recursos ilícitos de uma facção criminosa”, a qual teria como cabeça o pŕóprio namorado da parlamentar, Alandilson Passos. Em setembro de 2025, Alandilson foi transferido do complexo prisional em Minas Gerais para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Altos (PI).
Em outubro, TJ-PI determinou o relaxamento da prisão de Alandilson Cardoso, sob o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou nulo o Relatório de Inteligência Financeira usado na investigação por ser obtido de forma ilegal.
Apesar disso, Alandilson continua preso, pois responde na Justiça Eleitoral por corrupção eleitoral e há outro mandado de prisão ativo.
QUEM SÃO OS ACUSADOS?
- Tatiana Medeiros
- Alandilson Cardoso Passos
- Stenio Ferreira Santos
- Maria Odélia de Aguiar Medeiros
- Emanuelly Pinho de Melo
- Lucas de Carvalho Dias Sena
- Bruna Raquel Lima Sousa
- Sávio de Carvalho França
- Bianca dos Santos Teixeira Medeiros.