“Boca da Tandra”: Mãe, filho e netos estão entre os presos da Draco 176 em Teresina

Foram apreendidos drogas, máquinas de cartão de crédito usadas no pagamento de entorpecentes e uniformes de aplicativos de entrega, utilizados como disfarce para transporte das drogas.

Mãe, filho e netos estão entre os presos da Draco 176 em Teresina | FOTO: Divulgação/PC-PI
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A “DRACO 176”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (16) pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas contra o tráfico de drogas, prendeu 14 pessoas, entre elas um núcleo família composto por mãe, filho e três netos. A operação foi executada nos bairros Três Andares, Vila da Paz, Vila Costa Rica, Vila Jerusalém e Parque Rodoviário, todos localizados na zona Sul de Teresina (PI).

BOCA DA TANDRA

A família foi presa em uma casa na Vila Jerusalém, conhecida como "Boca da Tandra", em referência à mulher que gerenciava o local e está presa desde 2023 por lavagem de dinheiro para a facção criminosa Bonde dos 40. No entanto, as investigações da Polícia Civil revelaram que a venda de entorpecentes continuou mesmo após sua prisão.

“Nós identificamos a atuação de um grupo familiar [...] mesmo após a prisão, o tráfico continuou acontecendo naquele contexto, analisamos, aprofundamos e hoje foi dado a cumprimento a outras medidas cautelares. Além da apreensão de drogas, foi conduzido dois menores, um irmão, a matriarca (de 60 anos), ela é a proprietária da residência, tem conhecimento, e também outra neta dela”, explicou o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco.

Materiais apreendidos na Draco 176 em Teresina | FOTO: Divulgação/PC-PI

COMO FOI A OPERAÇÃO?

A operação resultou no cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão e 10 prisões em flagrante, totalizando 14 presos. A ação é um desdobramento da Operação DRACO 47, realizada em julho de 2023, e teve como principal objetivo desarticular uma facção criminosa, além de reduzir os índices criminais na região.

Foram apreendidos drogas, máquinas de cartão de crédito usadas no pagamento de entorpecentes e uniformes de aplicativos de entrega, utilizados como disfarce para transporte das drogas.

“É importante a gente ressaltar novamente o envolvimento desse núcleo familiar [...] então são diversos membros dessa família que estão sendo alvo dessas operações policiais, demonstrando a importância desse trabalho que vem desarticulando células criminosas. É importante a gente ressaltar aqui que inclusive na boca de fumo, os criminosos estavam utilizando máquinas para que os usuários fizessem a aquisição do entorpecente e passasse no cartão de crédito utilizando, para tentar passar despercebidos aos olhos da Segurança Pública para eles distribuírem esse entorpecente”, acrescentou o delegado Charles Pessoa.

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