O Tribunal do Júri de Teresina vai julgar Pedro Rocha Pereira pela morte da ex-namorada Giselle Maria Pinheiro Pereira, assassinada com cerca de 20 golpes de canivete em abril deste ano. A decisão é do juiz Ronaldo Paiva Nunes, que pronunciou o réu e manteve sua prisão preventiva.
COMO ACONTECEU
O crime ocorreu em 5 de abril, no apartamento da vítima, no Conjunto Tancredo Neves. Pedro foi preso no mesmo dia. Ele afirmou que a briga teria começado por ciúmes, alegou agressões mútuas e disse ter usado o canivete para se defender.
DECISÃO JUDICIAL
O juiz destacou que não há provas de legítima defesa ou outra justificativa que exclua a ilicitude. Por isso, o caso será decidido pelo Tribunal do Júri.
SITUAÇÃO ATUAL
Pedro Rocha permanece preso enquanto aguarda a data do julgamento.
DENUNCIADO PELO MP
O Ministério Público do Piauí denunciou Pedro Rocha Pereira e Farias pelo assassinato de sua ex-companheira, Giselle Maria Pinheiro Pereira, ocorrido no dia 5 de abril de 2025.
A agressão foi praticada de forma repentina e inesperada, sem que a vítima tivesse qualquer possibilidade real de reação ou defesa, o denunciado a atacou de surpresa, utilizando um punhal, durante uma discussão doméstica, em um ambiente fechado e no interior da própria residência. Dito assim, com a conduta acima delineada, Pedro Rocha Pereira e Farias incidiu nas penas do crime de feminicídio qualificado, consta na decisão.
Pedro e Giselle mantiveram um relacionamento por cerca de 4 anos e estavam separados há 15 dias antes do crime. No dia, ela o chamou para o seu apartamento. O acusado teve acesso ao celular da vítima e se deparou com conversas e imagens que classificou como "comprometedoras".
Sentindo-se ofendido e abalado emocionalmente, Pedro dirigiu-se ao trabalho, mas, por volta das 11h, enviou mensagem à vítima com o pretexto de retornar ao local para buscar um chinelo [...] Iniciou-se, então, acalorado desentendimento verbal [...] de forma repentina e violenta, o acusado sacou um canivete que portava no bolso e passou a desferir múltiplos golpes contra a vítima, consta na denúncia.