
Pedro Rocha Pereira e Farias, de 23 anos, suspeito de matar a ex-companheira com golpes de canivete ligou para familiares logo após o crime e confessou o assassinato. O caso aconteceu no residencial Tancredo Neves, zona Sudeste de Teresina, no sábado (5).
O QUE ACONTECEU
Gisele Maria Pinheiro Pereira, de 33 anos, foi assassinada dentro do próprio apartamento. De acordo com a perícia, o corpo dela apresentava cerca de 20 perfurações, muitas delas no pescoço, tórax e costas. A arma usada, um canivete, foi encontrada embaixo do sofá da sala.

O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Baretta, informou que suspeito ligou para familiares e confessou crime. Ele chegou a dizer que pensava em tirar a própria vida.
“Fomos acionados pelo parente dele, que é policial militar, e que recebeu a ligação logo após o crime. Ele contou que o acusado disse que havia matado a mulher e pensava em se matar. A equipe foi ao local e o encontrou ainda lá, onde foi preso em flagrante”, relatou Baretta.
ESTAVAM SEPARADOS
O delegado afirmou que a vítima e o suspeito haviam se separado há cerca de 15 dias, após três anos de relacionamento. Após a separação, ele dormiu no apartamento dela na sexta-feira (4). No sábado, antes de sair para o trabalho, teve acesso ao celular da vítima sem que ela soubesse.
“Ele foi trabalhar, mas voltou ao apartamento alegando que pegaria alguns pertences. Nesse momento, houve uma discussão. Ele a imobilizou e cometeu o crime. A dinâmica do sangue mostra que ele subiu sobre ela e a golpeou várias vezes”, explicou Baretta.
Após a prisão, o homem foi levado à Central de Flagrantes, onde prestou depoimento. Ele passou por audiência de custódia e permanece preso, à disposição da Justiça. O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Feminicídio do DHPP.
“O que esperamos é que esses indivíduos que matam mulheres covardemente permaneçam muito tempo na cadeia. Não adianta endurecer a pena para feminicídio se eles continuam aproveitando brechas para sair logo da prisão”, completou o delegado.