A Superintendência de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, por intermédio da Gerência de Operações Criminais - GOIC prendeu na manhã desta quarta-feira (07), José Afonso de Moura dos Santos em decorrência de envolvimento com golpes fraudulentos contra restaurantes localizados em Teresina. Ele foi um dos alvos da Operação Compras On-line, que foi deflagrada no última quarta-feira (31), e prendeu cinco pessoas, incluindo o filho do ex-deputado federal Fernando Monteiro, Lauro Alberto Cavalcante Monteiro.
A prisão de José Afonso, mais conhecido como “Mineiro” aconteceu em frente a sua residência no bairro Gurupi, zona Leste de Teresina. Ele, que é natural do estado de Minas Gerais e reside no Piauí há cerca de dois anos, é apontado como mentor dos golpes. Durante a operação, foi cumprido prisão temporária, e agora convertida, pela Justiça, em prisão preventiva.
Após deflagrada a operação, novas vítimas compareceram a Superintendência para denunciar 'Mineiro' por outros golpes. Pizzarias e hamburguerias também tiveram prejuízos ocasionados pelos acusados de estelionato. De acordo com a Polícia Civil, o prejuízo já soma mais de R$ 13 mil.'
'O Mineiro foi preso temporariamente na Operação Compras On-line. Ele era um dos cabeças que praticava o estelionato tendo como vítima restaurantes de comida japonesa. No momento em que foi feita a busca e apreensão na semana passada em sua residência foi achado uma plantação de maconha e ele foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de entorpecentes. Na audiência de custódia, o juiz concedeu a liberdade pra ele e ele ficou preso por cinco dias. Ontem o juiz decretou a conversão em preventiva e então cumprimos esse mandado de prisão por prazo indeterminado'', afirmou o superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança, delegado Matheus Zanatta
Filho do ex-deputado Fernando Monteiro é solto
O filho do ex-deputado federal Fernando Monteiro, Lauro Alberto Cavalcante Monteiro, preso na última quarta (31) no âmbito da Operação Compras On-line, teve liberdade concedida na última sexta-feira (02), através de habeas corpus. A decisão foi proferida pelo desembargador Sebastião Ribeiro Martins.
O Meionorte.com obteve acesso à decisão do desembargador, que pontua que o suspeito é tecnicamente primário, respondendo apenas ao processo em questão e que ainda está em fase investigativa, ‘sem nenhuma indicação de que este faz do delito um hábito ou seu meio de vida’.
“Embora não garantidoras do direito à soltura, as condições favoráveis do réu devem ser devidamente consideradas quando evidenciada a possibilidade de substituição da constrição por medidas cautelares diversas da prisão, desde que adequadas, proporcionais e suficientes para acautelar o caso concreto. Ademais, acrescente-se que os delitos investigados foram cometidos sem violência ou grave ameaça, sendo direcionados, até o presente momento da investigação, a uma única vítima”, destaca o desembargador.
Como funcionava o golpe
A dinâmica dos crimes acontecia através de pedidos de comida de um restaurante, que eram feitos por meio de um aplicativo. Após receberem os produtos, os suspeitos cancelavam a compra e tinham o valor do pedido estornado. Essas situações foram se acumulando após dezenas de pedidos feitos, o que resultou em um prejuízo de cerca de R$ 8 mil para um restaurante de comida oriental da capital.
Para aplicar os golpes, os suspeitos também utilizavam cartões de crédito clonados, fazendo com que as vítimas não fossem somente estabelecimentos. O objetivo do grupo criminoso não era apenas consumir os produtos, mas também vender e presentear terceiros.
“Fizemos um trabalho investigativo de campo após uma vítima, proprietária de um restaurante de comida oriental em Teresina, registrar um boletim de ocorrência onde relatava ter sofrido um prejuízo de mais de R$ 8 mil em compras de comida oriental. Já interrogamos outras pessoas e verificamos que existem outros restaurantes que também sofreram esse golpe. Daremos continuidade a instrução do inquérito policial e ouviremos essas possíveis vítimas”, fdisse o delegado Matheus Zannata.