X: veja como está o bloqueio da rede social no Brasil e os próximos passos

O antigo Twitter começou a ficar indisponível no país, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

Veja como está o bloqueio da rede social X no Brasil | Reprodução/Internet
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Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o X (antigo Twitter) começou a ficar indisponível no Brasil no início deste sábado (31).

Após a decisão do magistrado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi notificada para encaminhar o pedido de suspensão de acesso à rede social para as operadoras de internet no país. Ainda na sexta-feira (30), a entidade Conexis Brasil Digital (Claro, TIM, Vivo, Oi, Algar Telecom e Sercomtel) confirmou o recebimento da notificação e informou que suas associadas “cumprirão decisões judiciais aplicáveis às suas redes”.

No entanto, a organização explica que até o momento, não há informações sobre o horário exato em que a determinação será cumprida, porque cada operadora tem o seu próprio tempo de implementação. Assim como o número de clientes afetados por operadoras, ainda não está disponível.

COMO A PLATAFORMA SAIRÁ DO AR?

O primeiro passo da Anatel está sendo notificar os mais de 20 mil provedores de internet existentes no Brasil de quais endereços de IP devem ser bloqueados.“O IP nada mais é do que um endereço único que é do site, do aplicativo, das plataformas que o X têm”, explica o especialista em tecnologia, Arthur Igreja, ao CNN.

“Então toda vez que nós digitamos, por exemplo, “X.com”, é o que se chama de máscara, porque há um endereço fácil de lembrar, mas no final das contas aquilo ali está mascarando um endereço IP, que são quatro campos, ou seja, um bocado de números, que as pessoas não lembrariam”, complementa.

O QUE ACONTECE COM A MINHA CONTA?

Segundo Igreja, a decisão do que acontecerá com a conta dos usuários no Brasil ficará a critério do X. Na avaliação do especialista, porém, é provável que as contas não sejam deletadas.

“Porque as contas foram feitas por usuários, então são e-mails e senhas, e isso independe do país em que você está acessando. É uma conta global. Então a minha estimativa é de que essas contas, e os conteúdos relacionados a elas, são coisas independentes do fato de aquele país ter bloqueado o acesso”, explica.

Nesse cenário, pessoas que estejam fora do Brasil, ou logadas em um VPN (Virtual Private Network) - ferramenta que cria uma conexão segura entre um determinado dispositivo e a internet - poderiam visualizar as contas dos usuários brasileiros.

“Claro que por uma política do Elon Musk, uma política do X, ele pode determinar que seja deletado e apagado, mas não seria o esperado”, acrescenta Igreja.

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