UFPI cria Grupo de Trabalho para enfrentamento à violência de gênero

A iniciativa surge após repercussão da morte da estudante de Jornalismo da UFPI, Janaína da Silva Bezerra, ocorrida no último sábado (28).

Manifestação por Janaína | Reprodução
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A Universidade Federal do Piauí (UFPI) constituiu um Grupo de Trabalho para construir diretrizes de combate à violência de gênero na Instituição, como forma de ampliar o bem-estar, acolhimento e integridade do público feminino.

A iniciativa surge após repercussão da morte da estudante de Jornalismo da UFPI, Janaína da Silva Bezerra, ocorrida no último sábado (28), dentro da Universidade, no campus de Teresina.

Janaína Bezerra foi morta dentro da UFPI 

Segundo a instituição, o comitê é formado por 8 integrantes foi constituído pelo Ato da Reitoria Nº 156/2023 e tem à frente a professora Edna Magalhães, pesquisadora do campo educacional e lotada no Departamento de Fundamentos da Educação (DEFE).

A presidente do Grupo de Trabalho, Profa. Edna Magalhães, informou que a característica principal do Comitê será a pluralidade de vozes com a presença de diferentes segmentos da Universidade. “Nós vamos preparar um cronograma de enfrentamento à violência de gênero e outras questões que perpassam sobre assédio e feminicídio. A comunidade acadêmica vai contribuir com a elaboração dessas políticas”, frisou.

Serão convidados para integrar o GT todos os segmentos da UFPI, inclusive os coletivos de pesquisadores do campus de Teresina e dos campi do interior. Já nesta sexta-feira (03/02) o comitê tem uma reunião agendada com o coletivo de mulheres do CCHL.

A Administração Superior da Universidade Federal do Piauí (UFPI) respondeu na tarde desta quarta-feira (1°), as propostas e reivindicações elaboradas pelos estudantes em assembleia-geral realizada ontem, diante da morte da estudante de jornalismo Janaína da Silva Bezerra, no último sábado (28) em Teresina. Com pedidos de justiça pela jovem, o movimento cobra  mais segurança e diversas melhorias na universidade em vários âmbitos.

Dentre as sugestões, está a proposta de indenização da família da jovem e a criação, via Conselho de Administração (CAD/UFPI), do "Dia de Memória à Janaina da Silva Bezerra", em 28 de janeiro.

Estudantes ocupam UFPI por três dias 

Teresina registrou nesta quarta-feira (1º) o terceiro dia de protestos pela morte da estudante de Jornalismo. O ato contou com cartazes, carro de som e faixas pedindo justiça e medidas de segurança em prol das mulheres.

Estudantes fazem manifestação por mais segurança na UFPI | FOTO: Ananda Soares

Durante o ato, a estudante de Filosofia da UFPI, Ana Karina Andrade, 22 anos, questionou o silêncio de alguns professores e estudantes diante do caso. “Estamos reunidos em memória e justiça pela Janaína e nos perguntamos porque alguns professores e alunos da UFPI estão agindo como se nada tivesse acontecido. Na segunda-feira (30), nós tivemos uma paralisação oficializada pela universidade, fizemos atos e vigília, ocupamos a reitoria na terça-feira (31) e chegamos a ser julgados como invasores pela mídia mentirosa. Precisamos de apoio, luta”, expressou a estudante.

Ana Karina e demais membros da comunidade estudantil que participam das mobilizações esperam sensibilizar a população e convocar um ato nacional para chamar atenção sobre o feminicídio cometido na UFPI.

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