O afogamento de cinco crianças no município de Nazária neste domingo (28) trouxe à tona a lembrança do caso das nove crianças que morreram afogadas nas águas do Rio Poti, em Teresina, no dia 19 de junho de 1999. Os dois casos são marcados pelo chamado "efeito dominó".
A morte das 9 crianças nas águas do Rio Poti foram bastante repercutidas na mídia nacional. Isso por conta das circunstâncias do acidente, que aconteceu 23 anos atrás. De acordo com relatos, as nove crianças morreram na tentativa de pegar uma bola, que havia caído no leito do rio por volta das 6h.
O grupo, chamado Monteiro Lobato, era liderado pelo então funcionário público Cleiton Félix da Silva, na época com 20 anos, foi apontado como um "falso escorteiro". Ao todo, 40 crianças estavam no local no momento do acidente, sendo que 11 foram levadas pelas águas e duas conseguiram sobreviver com a ajuda de um pescador.
O caso foi emblemático principalmente pelo velório coletivo na Igreja da Santíssima Trindade, no bairro Primavera, zona Norte de Teresina. O Brasil inteiro se comoveu com a dor das famílias.
Foram vítimas Deliane Raquel de Souza e Silva, na época com 13 anos; Egina Fabiana Nunes da Cunha, 11; Evelany Cristina Fernandes da Silva, 12; Mônica Gomes da Silva, 11; Ítalo Rogel Costa Araújo, 11; Janielson de Oliveira Mendes, 12; Antonio Francisco Costa Araújo, 11, e Francisco Edivan Viana Leite, 10.
O caso de Nazária
O caso de Nazária, município localizado a 35 km de Teresina, aconteceu em situação semelhante. Oito crianças se envolveram no caso de afogamento coletivo na tentativa de uma ajudar a outra. Três conseguiram escapar das águas, mas foram vítimas fatais Marcos Vinícius, de 8 anos; Ketelin, de 9; Kamili, de 9; Maria Vitória, de 13, e José da Cruz, de 15 anos.
três foram encontrados nesta segunda-feira (29), sendo os de Marcos, Vitória e José.
O Corpo de Bombeiros permanece na região para resgatar os corpos. Até o momento