Facebook e Twitter são obrigados a remover posts devido a crime

A decisão, tomada pela delegada Felicity Broughton, se deu em função da possibilidade dos desabafos virtuais influenciarem o julgamento.

O caso de Jill Meagher comoveu milhares de pessoas na Austrália | Reprodução
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O Facebook e o Twitter foram obrigados a remover uma série de mensagens que declaravam ódio ao réu Adrian Ernest Bayley, acusado de ter estuprado e assassinado a jovem Jill Meagher, no estado de Victoria, na Austrália, no mês passado. A decisão, tomada pela delegada Felicity Broughton, se deu em função da possibilidade dos desabafos virtuais influenciarem o julgamento.

Com o intuito de evitar qualquer indução sob o entendimento dos jurados, todo o conteúdo postado no Facebook, Twitter e YouTube, que fizesse referência a Bayley, teve que ser retirado do ar. Antes da decisão judicial, o Facebook havia negado derrubar a página. A polícia de Victoria também pediu que outros sites removessem materiais sobre o acusado, mas não obteve sucesso.

Segundo o jornal local The Age, Broughton refuta a ideia de que a proibição do material online seja inútil. Para ela, as redes sociais fazem parte de ?sofisticadas estruturas organizacionais? e por isso podem influir no julgamento. Dessa forma, a delegada emitiu uma ordem para bloqueio de postagem de qualquer material sobre o réu até janeiro de 2013.

O caso indignou milhares de pessoas em uma das cidades mais importantes do país. Para protestar a violência contra as mulheres e a morte da jovem Jill Meagher, 30.000 pessoas foram às ruas na cidade de Melbourne, na Austrália.

Além disso, toda essa polêmica aconteceu em um momento que o país vive uma relação controversa com o Twitter. Uma campanha para parar com os trolls aconteceu após uma série de comentários agressivos na rede. Depois desse episódio, Stephen Conroy, ministro de comunicações australiano, acusou o Twitter de desrespeitar as leis do país por não revelar quem estava por trás das mensagens abusivas. A Austrália estuda adotar aulas anti-trolling no currículo escolar oficial, além de criar leis mais rígidas para coibir os ataques virtuais.

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